Indianos estão dispostos a pagar mais por produtos verdes
Segundo a pesquisa, os consumidores estão dispostos a gastar mais em serviços e produtos verdes. E querem que estes produtos estejam disponíveis e claramente marcados.
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2012 às 14h25.
São Paulo - Um levantamento feito pela empresa norte-americana de pesquisas Penn Schoen Berland mostra que os consumidores indianos estão dispostos a pagar mais por produtos verdes , se estivessem prontamente disponíveis. Isso mostra que a população está preocupada com o estado do meio ambiente.
A sabedoria convencional diz que o indiano de classe média avalia os produtos baseados principalmente em seus preços, acima de qualquer atributo que influencia suas decisões de compra e é relativamente indiferente às preocupações ambientais. No entanto, este pensamento parece estar mudando.
Esta é a maior mensagem da última edição da avaliação feita em colaboração com a empresa de design Landor e a empresa de consultorias ambientais Esty Environmental Partners. Chamado de Image Power Green Brands Survey, a pesquisa mostra que os consumidores na Índia estão cada vez mais conscientes.
Os consumidores indianos estão dispostos a gastar mais em serviços e produtos verdes. E querem que estes produtos estejam disponíveis e claramente marcados.
Essas respostas são importantes, porque a pesquisa não se restringe à camada mais rica de consumidores indianos, a minoria que pode vir a ser relativamente progressista no seu processo decisório. Mais da metade - 52% dos 1.101 entrevistados na Índia ganhavam entre RS 1 lakh e Rs 5,3 lakh por ano (moeda indiana). Aqueles que ganham mais de Rs 5,3 lakh e até Rs 30 lakh - que pode ser qualificado como classe média alta e rica da Índia – compõem cerca de 1/3 dos participantes da pesquisa.
O nível de escolaridade dos entrevistados indianos é relativamente alto, como seria de esperar em uma pesquisa online - quase metade delas (46%) é pós-graduado e 39% licenciados. Significativamente, também, 65% dos entrevistados estavam na faixa etária entre 18 e 34 anos, globalmente representando os consumidores de amanhã.
Quando se trata de preocupações sobre o estado da economia em relação ao meio ambiente, o grupo de economias emergentes de Brasil, Índia e China (BIC) estavam mais preocupados com o último, em nítido contraste com o agrupamento EUA, Reino Unido, França e Alemanha.
Isto é surpreendente, dado o reequilíbrio da dinâmica de crescimento após a crise financeira mundial em 2008. Mas, o ponto que as empresas podem achar que merece atenção é o percentual crescente de consumidores indianos que demonstraram interesse nas causas ambientais – 74%, um grande salto, se comparado aos 53% identificados em 2009.
Isso mostra que 61% dos consumidores indianos pensam que o estado do meio ambiente está no caminho errado - a segunda maior porcentagem dentro da amostra de oito países. O Brasil está ligeiramente superior a 63%.
Curiosamente, poluição atmosférica e desmatamento são as questões mais importantes. Uma porcentagem razoável de entrevistados, 72%, considera muito importante que uma empresa seja ambientalmente consciente e a maioria (64%) pretende gastar mais em produtos verdes e serviços - um dos maiores percentuais entre os países, na amostra. Esta porcentagem representa comprova que uma proporção maior de consumidores dos países BIC é susceptível a ser um comprador verde do que no mundo desenvolvido.
"A preferência dos consumidores está definitivamente mudando, mas a questão é o que as empresas devem fazer sobre a mudança", disse Ashwani Singla, diretor-gerente e executivo-chefe, do Sul da Ásia, Penn Schoen Berland. "Há claramente uma demanda por mais transparência e maior informação para os consumidores fazerem escolhas informadas."
Isto é corroborado pelo fato de que um percentual relativamente baixo de consumidores na Índia faz uso de marcas com certificação para determinar se um produto é verde - apenas 45%, em comparação com 62% na China.
De acordo com a pesquisa, os anúncios de televisão são considerados os meios mais impactantes para a mensagem, seguidas pela publicidade do jornal. Curiosamente, a mídia social, que os indianos parecem estar abraçando com entusiasmo crescente, não faz um ranking elevado como um influenciador das decisões de compra. Este achado em geral está relacionado com a constatação de que a maioria dos consumidores indianos (86%) confia na publicidade verde.
Como em outros lugares, os indianos acham que o governo precisa desempenhar um papel maior no apoio à inovação verde e que atuem, por exemplo, com a reciclagem, levando de volta os produtos no final da sua vida útil. No geral, os consumidores querem que os governos impulsionem a agenda verde, somente nos EUA a população credita esta responsabilidade ao setor privado.
São Paulo - Um levantamento feito pela empresa norte-americana de pesquisas Penn Schoen Berland mostra que os consumidores indianos estão dispostos a pagar mais por produtos verdes , se estivessem prontamente disponíveis. Isso mostra que a população está preocupada com o estado do meio ambiente.
A sabedoria convencional diz que o indiano de classe média avalia os produtos baseados principalmente em seus preços, acima de qualquer atributo que influencia suas decisões de compra e é relativamente indiferente às preocupações ambientais. No entanto, este pensamento parece estar mudando.
Esta é a maior mensagem da última edição da avaliação feita em colaboração com a empresa de design Landor e a empresa de consultorias ambientais Esty Environmental Partners. Chamado de Image Power Green Brands Survey, a pesquisa mostra que os consumidores na Índia estão cada vez mais conscientes.
Os consumidores indianos estão dispostos a gastar mais em serviços e produtos verdes. E querem que estes produtos estejam disponíveis e claramente marcados.
Essas respostas são importantes, porque a pesquisa não se restringe à camada mais rica de consumidores indianos, a minoria que pode vir a ser relativamente progressista no seu processo decisório. Mais da metade - 52% dos 1.101 entrevistados na Índia ganhavam entre RS 1 lakh e Rs 5,3 lakh por ano (moeda indiana). Aqueles que ganham mais de Rs 5,3 lakh e até Rs 30 lakh - que pode ser qualificado como classe média alta e rica da Índia – compõem cerca de 1/3 dos participantes da pesquisa.
O nível de escolaridade dos entrevistados indianos é relativamente alto, como seria de esperar em uma pesquisa online - quase metade delas (46%) é pós-graduado e 39% licenciados. Significativamente, também, 65% dos entrevistados estavam na faixa etária entre 18 e 34 anos, globalmente representando os consumidores de amanhã.
Quando se trata de preocupações sobre o estado da economia em relação ao meio ambiente, o grupo de economias emergentes de Brasil, Índia e China (BIC) estavam mais preocupados com o último, em nítido contraste com o agrupamento EUA, Reino Unido, França e Alemanha.
Isto é surpreendente, dado o reequilíbrio da dinâmica de crescimento após a crise financeira mundial em 2008. Mas, o ponto que as empresas podem achar que merece atenção é o percentual crescente de consumidores indianos que demonstraram interesse nas causas ambientais – 74%, um grande salto, se comparado aos 53% identificados em 2009.
Isso mostra que 61% dos consumidores indianos pensam que o estado do meio ambiente está no caminho errado - a segunda maior porcentagem dentro da amostra de oito países. O Brasil está ligeiramente superior a 63%.
Curiosamente, poluição atmosférica e desmatamento são as questões mais importantes. Uma porcentagem razoável de entrevistados, 72%, considera muito importante que uma empresa seja ambientalmente consciente e a maioria (64%) pretende gastar mais em produtos verdes e serviços - um dos maiores percentuais entre os países, na amostra. Esta porcentagem representa comprova que uma proporção maior de consumidores dos países BIC é susceptível a ser um comprador verde do que no mundo desenvolvido.
"A preferência dos consumidores está definitivamente mudando, mas a questão é o que as empresas devem fazer sobre a mudança", disse Ashwani Singla, diretor-gerente e executivo-chefe, do Sul da Ásia, Penn Schoen Berland. "Há claramente uma demanda por mais transparência e maior informação para os consumidores fazerem escolhas informadas."
Isto é corroborado pelo fato de que um percentual relativamente baixo de consumidores na Índia faz uso de marcas com certificação para determinar se um produto é verde - apenas 45%, em comparação com 62% na China.
De acordo com a pesquisa, os anúncios de televisão são considerados os meios mais impactantes para a mensagem, seguidas pela publicidade do jornal. Curiosamente, a mídia social, que os indianos parecem estar abraçando com entusiasmo crescente, não faz um ranking elevado como um influenciador das decisões de compra. Este achado em geral está relacionado com a constatação de que a maioria dos consumidores indianos (86%) confia na publicidade verde.
Como em outros lugares, os indianos acham que o governo precisa desempenhar um papel maior no apoio à inovação verde e que atuem, por exemplo, com a reciclagem, levando de volta os produtos no final da sua vida útil. No geral, os consumidores querem que os governos impulsionem a agenda verde, somente nos EUA a população credita esta responsabilidade ao setor privado.