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Igreja rejeita 1º pedido de indenização por pedofilia

A Igreja polonesa rejeitou um pedido de indenização por atos de pedofilia cometidos por um padre, o primeiro do tipo feito a esta instituição

Clérigos em Igreja de Varsóvia, Polônia: "a Igreja não se sente responsável por este caso", disse representante (Janek Skarzynski/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 11h40.

Varsóvia - A Igreja polonesa rejeitou nesta quinta-feira um pedido de indenização por atos de pedofilia cometidos por um padre, o primeiro do tipo feito a esta instituição, em um processo judicial amigável em Koszalin, indicou a justiça local.

Um homem de 25 anos, identificado como Marcin K., vítima de assédio sexual por um padre quando ainda era criança, pediu uma compensação financeira de 200 mil zlotys (€ 47.500) à paróquia e à diocese. O padre responsável pelo crime foi condenado em 2012 a dois anos de prisão.

"O procedimento amigável fracassou. As partes não conseguiram chegar a um acordo. A vítima pode dar entrada a um processo civil", declarou à AFP Slawomir Przykucki, porta-voz do tribunal regional de Koszalin (norte da Polônia ).

"A Igreja não se sente responsável por este caso. Um padre atua em sua paróquia de maneira independente. Não há possibilidade legal de transferir a responsabilidade para a paróquia, à diocese ou à Igreja", disse à emissora pública TVP Info Krzysztof Wyrwa, representante da parte eclesiástica em Koszalin.

No entanto, de acordo com Artur Pietryka, advogado da Fundação Helsinki para os Direitos Humanos, observador no julgamento, "não é possível que a hierarquia eclesiástica, cujos órgãos -paróquias e dioceses- escape da responsabilidade dos atos de uma pessoa que encarna esta hierarquia".

O caso de Koszalin faz parte de uma série de denuncias de pedofilia na Igreja na Polônia, que sacudiu esta poderosa instituição em um país onde mais de 90% das pessoas se declara católica.

O escândalo eclodiu após a destituição pelo papa Francisco do núncio na República Dominicana, o arcebispo polonês Jozef Wesolowski, e processo contra um outro padre polonês suspeito de crimes contra menores nesta ilha.

Quinta-feira, o procurador-geral Andrzej Seremet anunciou ter pedido assistência judiciária às autoridades dominicanas para investigar este assunto.

Na semana passada, o secretário-geral do episcopado polonês, o bispo Wojciech Polak, descreveu a situação como "dolorosa e difícil". No entanto, ele rejeitou a ideia de uma possível compensação para as vítimas de pedofilia da Igreja polonesa.

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Varsóvia - A Igreja polonesa rejeitou nesta quinta-feira um pedido de indenização por atos de pedofilia cometidos por um padre, o primeiro do tipo feito a esta instituição, em um processo judicial amigável em Koszalin, indicou a justiça local.

Um homem de 25 anos, identificado como Marcin K., vítima de assédio sexual por um padre quando ainda era criança, pediu uma compensação financeira de 200 mil zlotys (€ 47.500) à paróquia e à diocese. O padre responsável pelo crime foi condenado em 2012 a dois anos de prisão.

"O procedimento amigável fracassou. As partes não conseguiram chegar a um acordo. A vítima pode dar entrada a um processo civil", declarou à AFP Slawomir Przykucki, porta-voz do tribunal regional de Koszalin (norte da Polônia ).

"A Igreja não se sente responsável por este caso. Um padre atua em sua paróquia de maneira independente. Não há possibilidade legal de transferir a responsabilidade para a paróquia, à diocese ou à Igreja", disse à emissora pública TVP Info Krzysztof Wyrwa, representante da parte eclesiástica em Koszalin.

No entanto, de acordo com Artur Pietryka, advogado da Fundação Helsinki para os Direitos Humanos, observador no julgamento, "não é possível que a hierarquia eclesiástica, cujos órgãos -paróquias e dioceses- escape da responsabilidade dos atos de uma pessoa que encarna esta hierarquia".

O caso de Koszalin faz parte de uma série de denuncias de pedofilia na Igreja na Polônia, que sacudiu esta poderosa instituição em um país onde mais de 90% das pessoas se declara católica.

O escândalo eclodiu após a destituição pelo papa Francisco do núncio na República Dominicana, o arcebispo polonês Jozef Wesolowski, e processo contra um outro padre polonês suspeito de crimes contra menores nesta ilha.

Quinta-feira, o procurador-geral Andrzej Seremet anunciou ter pedido assistência judiciária às autoridades dominicanas para investigar este assunto.

Na semana passada, o secretário-geral do episcopado polonês, o bispo Wojciech Polak, descreveu a situação como "dolorosa e difícil". No entanto, ele rejeitou a ideia de uma possível compensação para as vítimas de pedofilia da Igreja polonesa.

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