Igreja francesa anuncia medidas para lutar contra pedofilia
A Igreja francesa atravessa uma crise após as denúncias de vários casos de pedofilia
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2016 às 14h49.
A Igreja francesa anunciou nesta terça-feira várias medidas para combater a pedofilia e se comprometeu a esclarecer completamente todos os casos de agressão, inclusive os antigos, após as polêmicas geradas pela gestão das denúncias pela hierarquia eclesiástica.
O presidente da Conferência Episcopal, monsenhor Georges Pontier, anunciou nesta terça-feira a criação de uma célula de atenção e disse que será estabelecida "uma comissão nacional independente", presidida por um leigo.
A Igreja francesa atravessa uma crise após as denúncias de vários casos de pedofilia e as acusações contra o cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, que é alvo de uma investigação judicial por não denunciar agressões sexuais.
No fim de janeiro, o sacerdote Bernard Preynat foi acusado, após reconhecer ser culpado de várias agressões sexuais cometidas entre 1986 e 1991 contra escoteiros.
Várias vítimas demandaram seus líderes religiosos, entre eles o arcebispo de Lyon, acusado de não ter informado a justiça sobre os atos do sacerdote quando tomou ciência deles, entre 2007 e 2008.
Barbarin afirmou em meados de março que nunca acobertou nenhum ato de pedofilia e que quando soube dos incidentes os casos já haviam prescrito.
"Na história da diocese, continuam existindo alguns casos, inclusive casos antigos, que é necessário esclarecer. Nos comprometemos a realizar este trabalho, como fizemos com os casos que chegam ao nosso conhecimento, especialmente através das vítimas", disse Pontier nesta terça-feira.
A igreja colocará a disposição das vítimas "células de apoio e de escuta" e um site que permitirá que os afetados sejam contactados de forma direta.
Pontier explicou que a comissão independente será formada por antigos magistrados, médicos e psicólogos, e terá como objetivo aconselhar os bispos na hora de avaliar as situações dos padres que tenham cometido atos.
A Igreja francesa reivindica os esforços que realiza para lutar contra a pedofilia, desde que em 2001 o bispo Pierre Pican foi condenado a três meses de prisão condicionais por não denunciar estupros de menores por parte de um padre de sua diocese.
No início do mês, o bispo Stanislas Lalanne declarou que a pedofilia é um mal, mas que não sabia dizer se é um pecado.
Poucos dias depois se viu obrigado a pedir perdão, sob as pressões da opinião pública e a pedido da ministra francesa de Educação, Najat Vallaud-Belkacem, para que dissipasse qualquer ambiguidade a respeito.
Os responsáveis do episcopado também afirmaram que embora os casos tenham prescrito ante a justiça, "não há prescrição moral" da pedofilia, em uma instituição que deve se comportar de forma exemplar.
"Agora entendemos melhor a profundidade dos ferimentos sofridos e a possibilidade de que não tenhamos administrado bem todos os casos", escreveu Pontier em uma tribuna publicada no jornal francês Le Monde.
A Igreja francesa anunciou nesta terça-feira várias medidas para combater a pedofilia e se comprometeu a esclarecer completamente todos os casos de agressão, inclusive os antigos, após as polêmicas geradas pela gestão das denúncias pela hierarquia eclesiástica.
O presidente da Conferência Episcopal, monsenhor Georges Pontier, anunciou nesta terça-feira a criação de uma célula de atenção e disse que será estabelecida "uma comissão nacional independente", presidida por um leigo.
A Igreja francesa atravessa uma crise após as denúncias de vários casos de pedofilia e as acusações contra o cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, que é alvo de uma investigação judicial por não denunciar agressões sexuais.
No fim de janeiro, o sacerdote Bernard Preynat foi acusado, após reconhecer ser culpado de várias agressões sexuais cometidas entre 1986 e 1991 contra escoteiros.
Várias vítimas demandaram seus líderes religiosos, entre eles o arcebispo de Lyon, acusado de não ter informado a justiça sobre os atos do sacerdote quando tomou ciência deles, entre 2007 e 2008.
Barbarin afirmou em meados de março que nunca acobertou nenhum ato de pedofilia e que quando soube dos incidentes os casos já haviam prescrito.
"Na história da diocese, continuam existindo alguns casos, inclusive casos antigos, que é necessário esclarecer. Nos comprometemos a realizar este trabalho, como fizemos com os casos que chegam ao nosso conhecimento, especialmente através das vítimas", disse Pontier nesta terça-feira.
A igreja colocará a disposição das vítimas "células de apoio e de escuta" e um site que permitirá que os afetados sejam contactados de forma direta.
Pontier explicou que a comissão independente será formada por antigos magistrados, médicos e psicólogos, e terá como objetivo aconselhar os bispos na hora de avaliar as situações dos padres que tenham cometido atos.
A Igreja francesa reivindica os esforços que realiza para lutar contra a pedofilia, desde que em 2001 o bispo Pierre Pican foi condenado a três meses de prisão condicionais por não denunciar estupros de menores por parte de um padre de sua diocese.
No início do mês, o bispo Stanislas Lalanne declarou que a pedofilia é um mal, mas que não sabia dizer se é um pecado.
Poucos dias depois se viu obrigado a pedir perdão, sob as pressões da opinião pública e a pedido da ministra francesa de Educação, Najat Vallaud-Belkacem, para que dissipasse qualquer ambiguidade a respeito.
Os responsáveis do episcopado também afirmaram que embora os casos tenham prescrito ante a justiça, "não há prescrição moral" da pedofilia, em uma instituição que deve se comportar de forma exemplar.
"Agora entendemos melhor a profundidade dos ferimentos sofridos e a possibilidade de que não tenhamos administrado bem todos os casos", escreveu Pontier em uma tribuna publicada no jornal francês Le Monde.