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Ida de Merkel à Copa para assistir a jogo gera críticas

Com a recente política da Alemanha de cortes de gastos, alemães não viram a viagem da chanceler com bons olhos

A chanceler alemã Angela Merkel: na África do Sul, ela se encontrará com o presidente Jacob Zuma e visitará um projeto de seu país contra a violência (AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2010 às 08h48.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, voará amanhã para a África do Sul para assistir à partida pelas quartas de final da Copa do Mundo entre Alemanha e Argentina, uma viagem oficial que recebeu críticas por ir contra a política de economia de seu Governo frente à crise.

Merkel se reunirá amanhã em Johanesburgo com o presidente sul-africano, Jacob Zuma, e visitará um projeto alemão contra a violência desenvolvido na cidade, informou hoje o porta-voz do Governo, Ulrich Wilhelm.

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Depois irá para a Cidade do Cabo para assistir ao encontro e, em seguida, se reunirá com as autoridades locais à noite, antes de voltar para Berlim no domingo.

Wilhelm disse que a Copa do Mundo de 2010 tem um "significado extraordinário" para toda a África, já que se trata do primeiro campeonato mundial de futebol no continente e destacou que a visita de chefes de Governo como Merkel servem para "ressaltar a importância" desse fato.

No entanto, o presidente da Confederação de Contribuintes alemã, Karl Heinz Däke, disse que uma viagem destas características manda uma mensagem "errada", em um momento em que o Executivo de Merkel anunciou a implementação do maior plano de poupança pública desde a Segunda Guerra Mundial.

"O dinheiro dos contribuintes não pode ser empregado assim para ir a uma partida das quartas de final", afirmou Däke, em uma entrevista ao jornal "Passauer Neue Presse".

A cúpula do Partido Verde alemão criticou a despesa derivada da viagem e, segundo informações do "Süddeutsche Zeitung", negou o convite de Merkel de acompanhá-la à África do Sul.

"Apostamos pela vitória e não pela eliminação nas quartas de final, mas devemos rejeitar seu convite", informou a cúpula, em uma carta reproduzida pelo jornal enviada pelos chefes do grupo parlamentar verde, Renate Künast e Jürgen Trittin.

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