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Houthis ameaçam EUA com armas nunca antes utilizadas

Desde o início da sua campanha, no ano passado, o movimento já lançou dezenas de mísseis a partir do Iêmen

Rebeldes lançam ataques do Iêmen e têm o apoio do Irã (Mohammed Hamoud/Getty Images)

Rebeldes lançam ataques do Iêmen e têm o apoio do Irã (Mohammed Hamoud/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 18 de julho de 2024 às 08h52.

Última atualização em 18 de julho de 2024 às 09h22.

Os navios de guerra da Marinha dos EUA passaram meses combatendo os rebeldes Houthis no Mar Vermelho e tiveram que enfrentar mísseis balísticos que jamais haviam sido usados em combate até então.

Um desses navios de guerra, o USS Mason viu-se sob o fogo cruzado pouco depois de se juntar à missão anti-Houthi da Marinha no ano passado. Os mísseis entraram em ação quando o navio estava respondendo a uma tentativa de sequestro por piratas, marcando o primeiro uso operacional de tal equipamento bélico.

O comandante do Mason, que acabou de voltar para casa após uma missão de um mês no Oriente Médio, contou ao Business Insider como foi essa experiência de combate. Justin Smith disse que sua primeira reação foi de descrença ao ver que alguém realmente estava atirando mísseis em sua direção.

“Minha equipe respondeu incrivelmente bem, desde a detecção até ter certeza de que o sistema estava pronto para entrar em ação”, disse ele.

Ataque pirata

Cinco piratas somalis abordaram o M/V Central Park em 26 de novembro e tentaram sequestrar o navio-tanque comercial enquanto ele navegava pelo Golfo de Aden. Mas antes que o pequeno bando pudesse assumir o controle do navio, quase duas dezenas de tripulantes conseguiram se trancar numa uma sala protegida que acabou servindo como porto seguro no caso de um ataque pirata.
Após o incidente do Central Park, os mísseis balísticos antinavio tornaram-se uma ameaça aos navios de guerra da Marinha dos EUA que defendiam as rotas da navegação mercante no Mar Vermelho e no Golfo de Aden.
Os Houthis, desde o início da sua campanha no ano passado, lançaram dezenas de mísseis a partir do Iêmen. Muitos deles foram interceptados pelo superporta-aviões de propulsão nuclear Eisenhower, embora alguns tenham escapado  e atacado navios comerciais.  Um ataque em março matou vários civis.
Os rebeldes apoiados pelo Irã também atacaram navios com drones aéreos e explodiram embarcações de superfície sem tripulação.
Os ataques Houthi começaram quando Israel lançou a operação em Gaza após os ataques de 7 de Outubro perpetrados pelo Hamas. 
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