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Hong Kong inicia missão comercial no México e Brasil

Hong Kong- Hong Kong decidiu adicionar o México a seus sócios comerciais estratégicos na América Latina, como demonstra a missão que será iniciada nesta quarta-feira nesse país e no Brasil, um de seus principais parceiros comerciais na região. "No passado, olhávamos para os países A-B-C, Argentina, Brasil e Chile. Agora, ampliamos (esse olhar) para o […]

Raymond Yip, vice-diretor executivo do HKTDC (AFP/Getty Images/Thos Robinson)

Raymond Yip, vice-diretor executivo do HKTDC (AFP/Getty Images/Thos Robinson)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2010 às 15h06.

Hong Kong- Hong Kong decidiu adicionar o México a seus sócios comerciais estratégicos na América Latina, como demonstra a missão que será iniciada nesta quarta-feira nesse país e no Brasil, um de seus principais parceiros comerciais na região.

"No passado, olhávamos para os países A-B-C, Argentina, Brasil e Chile. Agora, ampliamos (esse olhar) para o México", disse à AFP Raymond Yip, vice-diretor executivo do Conselho de Desenvolvimento do Comércio de Hong Kong, HKTDC, da sigla em inglês, antes de partir para a América Latina.

O HKTDC é uma autarquia administrada conjuntamente pelo empresariado e pelo governo local de Hong Kong, região autônoma da China com independência política, econômica e comercial.

A missão comercial no México e no Brasil busca oportunidades de investimento, apesar de a prioridade ser aumentar as trocas comerciais de produtos, segundo Yip.

"Queremos comprar e vender primeiro. Buscamos coisas para revender nessa parte do mundo, como vinhos e mariscos. Todos esses produtos têm grandes mercados nessa parte do globo", afirmou.

Em 2009, Hong Kong comprou 27,9 milhões de dólares em peixes, mariscos e derivados do México, segundo dados oficiais.

Quanto ao Brasil, "é nossa terceira fonte de alimentos, apenas depois de China e Estados Unidos", disse Yip. Hong Kong comprou, em 2009, 1,508 milhão de dólares em carne brasileira e quase 3 milhões de dólares em café.

O funcionário lembrou também que "Hong Kong investiu em torno de 12 milhões de dólares no México e outros 280 milhões de dólares no Brasil", e disse esperar encontrar novas oportunidades porque "sempre há espaço para fazer mais".


Depois dessa missão, Yip esclareceu que Hong Kong voltará a olhar para o Chile. O HKTDC não tem missões previstas para a Argentina no momento.

"O Chile tem muito potencial de ser um mercado aberto e livre. Também tem boa oferta de alimentos, frutos do mar, vinhos. É um bom sócio para nós", disse.

As compras de Hong Kong na América Latina cresceram 40%, para 1,252 bilhão de dólares, durante o primeiro trimestre de 2010, segundo cifras oficiais da região chinesa.

Em 2009, as exportações latino-americanas para essa região administrativa especial da China alcançaram 4,356 bilhões de dólares. Por sua vez, Hong Kong exportou à América Latina 4,167 bilhões.

Quanto à chegada de empresários latino-americanos à China, Yip ofereceu sua instituição e Hong Kong como ponte entre ambas as partes do mundo. "Sabemos o que fazer na China e, mais importante, o que não fazer na China", declarou.

"Acreditamos que podemos oferecer uma plataforma robusta, um campo equilibrado para empresários latino-americanos, em particular para as pequenas e médias empresas, que não têm experiência na região, mas querem entrar no mercado", disse.

Entre as vantagens oferecidas por Hong Kong, ele citou as "instituições, o respeito à lei, a excelente infraestrutura - tanto financeira como física -, a estrita aderência ao direito internacional e às práticas internacionais de negócios e o completo compromisso à proteção da propriedade intelectual".

"A cada dia, em Hong Kong, importamos e exportamos em torno de 2 bilhões de dólares em produtos", lembrou Yip para ressaltar a qualidade da infraestrutura portuária.

Hong Kong voltou para as mãos da China em 1997, mas mantém um sistema legal e tribunais herdados da época colonial britânica.


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