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Hollande promete resultados em seu segundo ano no poder

O primeiro aniversário de sua eleição foi marcado por maus resultados econômicos e uma impopularidade recorde

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 13h52.

Paris - O presidente francês, François Hollande , prometeu que o segundo ano de sua presidência será o ano dos resultados, durante uma reunião com seus ministros nesta segunda-feira, no primeiro aniversário de sua eleição, marcado por maus resultados econômicos e uma impopularidade recorde.

"O que foi feito em um ano é consistente, e o que ainda precisa ser feito é considerável", afirmou Hollande aos membros do governo, reunido no palácio do Eliseu, em uma declaração introdutória transmitida à imprensa.

"O ano que vem será o dos resultados", afirmou, e anunciou que o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, apresentará nas próximas semanas um plano de investimentos para os próximos dez anos destinado ao setor "digital, à transição energética, à saúde, às grandes infraestruturas, e, de forma geral, às novas tecnologias".

"As reformas que começaram vão mudar o rosto da França. Profundamente. Mas exigem tempo para sua plenitude", advertiu, ao mesmo tempo em que disse entender "o ceticismo dos franceses".

O presidente francês também se referiu às oposições que enfrenta, "duras, brutais (...) às vezes inclusive nas ruas".

No domingo, dezenas de milhares de manifestantes marcharam em Paris, convocados pelo líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, para protestar contra as "promessas traídas" dos socialistas no poder e exigindo uma verdadeira mudança.

Paralelamente, milhares de opositores ao casamento entre homossexuais, que não se rendem, apesar do voto definitivo da lei no Parlamento, saíram às ruas das grandes cidades da França.

Atacado tanto pela direita quanto pela esquerda, classificado de pessoa "sem cor, sem odor e sem sabor" pela líder da extrema direita Marine Le Pen, François Hollande bate todos os recordes de impopularidade, em apenas um ano no poder e em um contexto de desemprego recorde (10,6%) e de crescimento estancado.


Além disso, a imagem da República exemplar que pretendia colocar em andamento foi seriamente danificada pela confissão do ex-ministro de Orçamento, Jérôme Cahuzac, sobre sua conta bancária escondida no exterior.

"Um ano depois da eleição de François Hollande, a França vive uma crise política, social, moral", observa nesta segunda-feira o jornal de esquerda Libération.

Neste contexto, não está prevista nenhuma celebração do aniversário de 6 de maio de 2012, quando a esquerda voltou ao Eliseu pela primeira vez desde a saída de François Mitterrand, em 1995.

Os ministros, que participaram no fim de semana de um encontro dos Jovens Socialistas em Soustons (sudoeste), indicaram o caminho que será seguido ao evitar qualquer exercício de autossatisfação. Até o ponto de o jornal conservador Le Figaro considerar que "o PS se esconde em seu primeiro aniversário".

"A chave do sucesso é a coerência" da ação governamental, disse nesta segunda-feira François Hollande.

Uma alfinetada em seu governo após uma nova divergência ocorrida na semana passada entre o ministro das Finanças, Pierre Moscovici, e o da Recuperação Produtiva, Arnaud Montebourg, sobre a possibilidade de compra da Dailymotion por parte da Yahoo!.

"É preciso seguir acelerando, acentuar, impulsionar mais", declarou Jean-Marc Ayrault no domingo à noite na rede de televisão TF1.

Ao mesmo tempo em que reconheceu algumas divergências no seio do executivo, o primeiro-ministro disse que, apesar das críticas, o rumo está determinado. "O rumo se mantém, embora podem existir alguns tropeços", disse.

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"O que foi feito em um ano é consistente, e o que ainda precisa ser feito é considerável", afirmou Hollande aos membros do governo, reunido no palácio do Eliseu, em uma declaração introdutória transmitida à imprensa.

"O ano que vem será o dos resultados", afirmou, e anunciou que o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, apresentará nas próximas semanas um plano de investimentos para os próximos dez anos destinado ao setor "digital, à transição energética, à saúde, às grandes infraestruturas, e, de forma geral, às novas tecnologias".

"As reformas que começaram vão mudar o rosto da França. Profundamente. Mas exigem tempo para sua plenitude", advertiu, ao mesmo tempo em que disse entender "o ceticismo dos franceses".

O presidente francês também se referiu às oposições que enfrenta, "duras, brutais (...) às vezes inclusive nas ruas".

No domingo, dezenas de milhares de manifestantes marcharam em Paris, convocados pelo líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, para protestar contra as "promessas traídas" dos socialistas no poder e exigindo uma verdadeira mudança.

Paralelamente, milhares de opositores ao casamento entre homossexuais, que não se rendem, apesar do voto definitivo da lei no Parlamento, saíram às ruas das grandes cidades da França.

Atacado tanto pela direita quanto pela esquerda, classificado de pessoa "sem cor, sem odor e sem sabor" pela líder da extrema direita Marine Le Pen, François Hollande bate todos os recordes de impopularidade, em apenas um ano no poder e em um contexto de desemprego recorde (10,6%) e de crescimento estancado.


Além disso, a imagem da República exemplar que pretendia colocar em andamento foi seriamente danificada pela confissão do ex-ministro de Orçamento, Jérôme Cahuzac, sobre sua conta bancária escondida no exterior.

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Neste contexto, não está prevista nenhuma celebração do aniversário de 6 de maio de 2012, quando a esquerda voltou ao Eliseu pela primeira vez desde a saída de François Mitterrand, em 1995.

Os ministros, que participaram no fim de semana de um encontro dos Jovens Socialistas em Soustons (sudoeste), indicaram o caminho que será seguido ao evitar qualquer exercício de autossatisfação. Até o ponto de o jornal conservador Le Figaro considerar que "o PS se esconde em seu primeiro aniversário".

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Uma alfinetada em seu governo após uma nova divergência ocorrida na semana passada entre o ministro das Finanças, Pierre Moscovici, e o da Recuperação Produtiva, Arnaud Montebourg, sobre a possibilidade de compra da Dailymotion por parte da Yahoo!.

"É preciso seguir acelerando, acentuar, impulsionar mais", declarou Jean-Marc Ayrault no domingo à noite na rede de televisão TF1.

Ao mesmo tempo em que reconheceu algumas divergências no seio do executivo, o primeiro-ministro disse que, apesar das críticas, o rumo está determinado. "O rumo se mantém, embora podem existir alguns tropeços", disse.

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