Hollande: vítima de atentado no FMI está entre a vida e a morte
Segundo as primeiras informações, uma assistente da direção ficou ferida nas mãos e no rosto depois de abrir a carta-bomba
AFP
Publicado em 16 de março de 2017 às 10h01.
Última atualização em 16 de março de 2017 às 10h06.
A explosão de uma carta-bomba no escritório do FMI em Paris foi um atentado, que comprova que "somos sempre visados", declarou o presidente francês, François Hollande, durante uma visita a Toulon (sudeste).
A explosão fez uma vítima que se encontra "entre a vida e a morte", acrescentou Hollande, apesar de a polícia ter afirmado pouco antes que a pessoa se encontrava levemente ferida.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, emitiu um comunicado condenando o que chamou de ato de violência.
"Fui informada da explosão no escritório do FMI em Paris, que feriu uma de nossas funcionárias. Estou em contato com o escritório e minha solidariedade está com nossos colegas de lá. Condeno este ato de violência covarde e reafirmo a resolução do FMI de continuar seu trabalho para assegurar seu mandato", declarou.
Segundo as primeiras informações, uma assistente da direção ficou ferida nas mãos e no rosto depois de abrir uma carta-bomba, que explodiu na sede parisiense do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os funcionários foram retirados das instalações por medida de proteção.
A investigação foi confiada à polícia judiciária parisiense, enquanto a polícia científica já se encontra trabalhando no local.
Na véspera, a polícia alemã anunciou a descoberta no ministério das Finanças, em Berlim, de um pacote que continha uma "mistura explosiva", frequentemente utilizada para causar ferimentos consideráveis.
O pacote, que foi descoberto no setor de correios do ministério, continha uma mistura geralmente utilizada para a produção de material pirotécnico, segundo indicou a polícia.
De acordo com um porta-voz da polícia, também foi encontrado "uma espécie de detonador".
Os jornais Bild e B.Z indicaram que o pacote seria endereçado diretamente ao ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble.
"A mistura poderia ter causado, com a abertura do pacote, ferimentos consideráveis", segundo a fonte.
A polícia evacuou o setor e as imediações para poder proceder à abertura do pacote em segurança.
Em janeiro de 2016, um pacote suspeito, que no fim das contas não representava risco, foi encontrado na sede do governo. E em novembro de 2010, um pacote contendo explosivo, endereçado à chanceler Angela Merkel, foi desarmado fora da chancelaria.