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Hamas reivindica atentado com três mortos em Jerusalém

O ataque ocorreu pouco após o anúncio de uma nova prorrogação da trégua entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.

Hamas: O ataque em Jerusalém deixou três mortos e seis feridos, segundo um balanço da polícia israelense (AFP/AFP Photo)

Hamas: O ataque em Jerusalém deixou três mortos e seis feridos, segundo um balanço da polícia israelense (AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 12h30.

Última atualização em 30 de novembro de 2023 às 12h31.

O movimento islamista palestino Hamas reivindicou nesta quinta-feira, 30, um ataque armado que deixou três mortos em Jerusalém, e chamou a uma "escalada da resistência" contra Israel.

O ataque ocorreu pouco após o anúncio de uma nova prorrogação da trégua entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.

Em outro ataque na Cisjordânia ocupada, dois soldados israelenses foram feridos em um posto de controle, informou o Exército, explicando que "os soldados no local do ataque dispararam e neutralizaram o agressor".

Ataque em Jerusalém

O ataque em Jerusalém deixou três mortos e seis feridos, segundo um balanço da polícia israelense, que explicou que foi realizado com armas de fogo por "dois moradores de Jerusalém Oriental" em um ponto de ônibus na zona oeste da cidade.

"Dois terroristas em um carro, um armado com um M-16 e o outro com uma pistola", abriram fogo por volta das 7h40 (05h40 GMT, 02h40 em Brasília), disse à imprensa o delegado de polícia de Jerusalém, Doron Torgeman, no local do ataque.

Os dois agressores "foram rapidamente mortos por dois soldados que não estavam em serviço e por um civil que atirou contra eles", afirmou a polícia em um comunicado.

Um porta-voz da polícia identificou os três mortos como duas mulheres de 67 e 24 anos e um homem de 73 anos, os três de nacionalidade israelense.

"Esta operação é uma resposta natural aos crimes sem precedentes do ocupante na Faixa de Gaza e contra as crianças em Jenin", afirmou o Hamas em um comunicado.

Os dois agressores eram membros do braço armado do Hamas, as brigadas Ezzedin al Qasam, e originários de Sur Baher, bairro de Jerusalém Oriental, anexado e ocupado por Israel.

"Os nossos heróis estão dispostos a vingar o sangue dos mártires", conclui o Hamas, apelando a uma "escalada da resistência" contra Israel.

O ataque ocorreu pouco depois de ter sido anunciada uma nova prorrogação de um dia na trégua entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que pelo sétimo dia prosseguirá com uma troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.

O presidente israelense, Isaac Herzog, disse que o ataque foi um exemplo da "guerra sem fim que estamos travando contra organizações terroristas, especialmente o Hamas".

Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como grupo terrorista.

O secretário de Estado americano, Anthony Blinken, que estava visitando Israel, o classificou como mais um lembrete da ameaça que "os israelenses enfrentam todos os dias".

Em mensagem no Telegram, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a ação rápida dos soldados fora de serviço e dos civis, que "evitou um ataque ainda mais grave".

A guerra entre o Hamas e Israel começou após o ataque realizado pelo movimento palestino em solo israelense em 7 de outubro, durante o qual 1.200 pessoas foram mortas e outras 240 sequestradas.

Em resposta, Israel bombardeou incessantemente a Faixa de Gaza até o início da trégua, causando quase 15 mil mortes, segundo o governo do Hamas.

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