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Hamas rechaça proposta de cessar-fogo temporário e quer retirada permanente de Israel de Gaza

Nesta terça-feira, vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, tentou negociar cessar-fogo temporário com o grupo terrorista

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (MAHMUD HAMS/AFP)

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (MAHMUD HAMS/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 5 de março de 2024 às 17h25.

Última atualização em 5 de março de 2024 às 17h25.

O Hamas insiste num cessar-fogo permanente e na retirada completa das tropas israelenses de Gaza, ao invés de uma pausa temporária nas hostilidades, disse um responsável político do grupo.

"A segurança do nosso povo só será alcançada por meio de um cessar-fogo permanente, do fim da agressão e da retirada de cada centímetro da Faixa de Gaza", disse Osama Hamdan a jornalistas, em Beirute, nesta terça-feira, 5. As negociações de cessar-fogo no Cairo terminaram sem avanços.

A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pressiona por um cessar-fogo temporário antes do início do mês sagrado muçulmano do Ramadã. Hamdan disse que a posição de Washington é, essencialmente, que "Israel tem o direito de parar de matar por algumas semanas e depois voltar a essa matança".

O bombardeio e a invasão de Gaza por Israel após um ataque liderado pelo Hamas ao sul do território israelense em 7 de outubro matou mais de 30 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

O acordo proposto proporcionaria uma pausa de seis semanas nas hostilidades, com entrada de ajuda. O Hamas libertaria cerca de 40 reféns e Israel devolveria um número não especificado de prisioneiros palestinos.

Israel não enviou uma delegação ao Cairo, dizendo que estava à espera da entrega pelo Hamas de uma lista de reféns que ainda estão vivos. Hamdan disse que isso não era relevante para a proposta de cessar-fogo e acusou Israel de usá-lo como desculpa para evitar as negociações.

O representante do Hamas disse que os recentes lançamentos aéreos de ajuda humanitária, inclusive por parte dos Estados Unidos, foram inadequados e apelou à comunidade internacional para "utilizar métodos mais eficazes de entrega de ajuda, como a abertura de passagens para levar essa ajuda por terra".

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