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Hamas diz ter alcançado vitória sobre Israel em Gaza

O movimento islamita palestino disse que alcançou uma vitória sobre Israel após quatro semanas da ofensiva israelense


	Membros do Hamas em 2007: ofensiva israelense deixou até agora 1.886 mortos
 (Abid Katib/Getty Images)

Membros do Hamas em 2007: ofensiva israelense deixou até agora 1.886 mortos (Abid Katib/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 13h26.

Gaza - O movimento islamita palestino Hamas assegurou nesta quinta-feira ter alcançado "uma vitória" sobre Israel após quatro semanas de operação militar israelense em Gaza, a qual vive o último dia de um cessar-fogo de 72 horas.

"Podemos dizer hoje que alcançamos uma vitória e derrotamos o inimigo, que tratou de criar um triunfo ilusório", afirmou Musher al-Masri, membro da direção do Hamas, durante uma manifestação em apoio aos grupos armados palestinos na Cidade de Gaza.

No dia 8 de julho, Israel iniciou uma operação em grande escala sobre a Faixa de Gaza com ataques por terra, mar e ar, a qual, até o momento, resultou na morte de 1.886 pessoas, incluídas 432 crianças, 243 mulheres e 85 idosos, enquanto o número de feridos gira em torno de 10 mil.

Por enquanto, tanto o Exército israelense como as milícias palestinas respeitam esta trégua, iniciada na última terça-feira por mediação do Egito, enquanto as negociações em torno de uma cessação permanente se estendem até o próximo domingo na capital egípcia.

"Esta batalha é uma introdução à grande batalha da vitória que terminará com a ocupação. A resistência armada ainda tem surpresas (que dar), as quais são maiores que os foguetes disparados até o mais profundo território de Israel", advertiu Al-Masri.

O atual cessar-fogo será finalizado na manhã desta sexta-feira e, até o momento, não há confirmação sobre uma possível renovação.

A delegação palestina que se encontra no Cairo para negociar um cessar-fogo permanente entre Israel e Hamas rejeitou hoje a exigência israelense de desarmar o movimento, comunicada através do mediador egípcio.

Um responsável egípcio disse à agência Efe que os serviços secretos de seu país respaldam a postura palestina, que avalia como linha vermelha a condição imposta por Israel sobre o desarmamento do Hamas.

A fonte acrescentou que Israel tem a intenção de satisfazer "cedo ou tarde" todas as exigências palestinas, com exceção do desarmamento do movimento islamita, considerado algo inegociável.

Por sua parte, o braço armado do Hamas, as "Brigadas de Ezzedine al Qassam", revelou em comunicado que estão preparados para retomar os combates "se as conversas no Cairo não se ajustarem às exigências da resistência".

"Esta batalha ainda não terminou e proclamamos que as reivindicações do povo palestino são exigências legais. Pedimos ao Egito e aos demais países árabes, assim como à comunidade internacional, que adotem estes pedidos", afirmou Al-Masri.

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