Hamas diz que trégua de longa duração com Israel "é iminente"
Esforços, apoiados pela ONU e o Catar, estão "muito próximos de chegar a um pacto que consiga trazer calma para a Faixa de Gaza", disse líder do grupo
EFE
Publicado em 17 de agosto de 2018 às 19h17.
Cidade de Gaza - Um dos líderes do movimento islamita Hamas , que governa 'de fato' a Faixa de Gaza, garantiu nesta sexta-feira que "é iminente" uma trégua de longa duração com Israel, na qual trabalha o Egito com apoio da ONU.
Khalil al Hayya, chefe adjunto do Hamas em Gaza, garantiu para os veículos de imprensa que as negociações sobre o acordo "estão prestes a terminar rompendo o bloqueio ou, pelo menos, aliviando-o significativamente".
Os esforços, apoiados pela ONU e o Catar, estão "muito próximos de chegar a um pacto que consiga trazer calma para a Faixa de Gaza ", disse Hayya.
O dirigente do Hamas afirmou que as conversas que acontecem no Cairo, onde se encontram delegações de várias facções palestinas, entre elas o próprio Hamas, se baseiam no cessar-fogo mediado pelo Egito que pôs fim ao conflito entre Israel e as milícias palestinas em Gaza em 2014.
O chefe de inteligência do Egito e mediador no processo, Abbas Kamel, teria se reunido esta semana em Tel Aviv com o primeiro-ministro israelense , Benjamin Netanyahu, e outros responsáveis de segurança, para abordar o processo.
De acordo com fontes palestinas, Kamel também teria uma reunião prevista com o presidente palestino e líder do partido nacionalista Al Fatah, Mahmoud Abbas, mas esse encontro não foi confirmado.
Abbas não participou das negociações com o restante das facções porque se opôs a pactuar uma trégua com Israel sem a presença da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Por enquanto, não há declarações oficiais sobre nenhum ponto, mas funcionários israelenses citados pelo jornal "Haaretz" afirmaram que a trégua incluiria seis passos.
"Cessar-fogo integral; reabertura das passagens com Gaza e a expansão da área de pesca permitida; assistência médica e humanitária; resolução do problema dos soldados capturados; os civis desaparecidos e os prisioneiros; ampla reconstrução da infraestrutura em Gaza com recursos estrangeiros, e diálogo sobre os portos marítimos e aéreos em Gaza", enumeraram os funcionários israelenses.