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Hamas ameaça retomar combates se negociações fracassarem

"O movimento está pronto para se lançar mais uma vez na batalha", indicou o porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Obaida, em um comunicado


	Destroços em Gaza: Israel e Hamas enviaram delegações para negociar trégua duradoura
 (Finbarr OReilly/Reuters)

Destroços em Gaza: Israel e Hamas enviaram delegações para negociar trégua duradoura (Finbarr OReilly/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 17h58.

O braço armado do Hamas ameaçou nesta quinta-feira à noite retomar as hostilidades contra Israel ao final do cessar-fogo na Faixa de Gaza, nesta sexta-feira, caso as exigências da delegação palestina no Cairo não forem cumpridas.

"Nós fazemos um apelo à delegação palestina para que não aceite cessar-fogo se ela não receber satisfações sobre as demandas de nosso povo", indicou o porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Obaida, em um comunicado.

"O movimento está pronto para se lançar mais uma vez na batalha", acrescentou.

"Se um acordo for alcançado, será possível prorrogar a trégua. Se este não for o caso, pedimos à delegação que se retire das negociações", prosseguiu o porta-voz em um discurso televisionado.

Israel e o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, aceitaram um cessar-fogo que entrou em vigor na terça-feira e deve durar até sexta às 08h00 (02h00 de Brasília).

As duas partes enviaram ao Cairo delegações para negociar uma trégua duradoura.

Israel aceitou na quarta-feira à noite a ideia de uma prorrogação ilimitada do cessar-fogo, mas novas reuniões separadas dos egípcios com israelenses e palestinos estão previstas para consolidar o cessar-fogo após quase um mês de uma guerra que já deixou cerca de 1.900 mortos palestinos.

Os representantes da delegação palestina no Cairo acusam Israel de não querer ceder sobre algumas condições impostas pelo Hamas para uma extensão do cessar-fogo.

A retirada do bloqueio marítimo e terrestre imposto desde 2006 e a reabertura das passagens para Israel e o Egito são as principais exigências dos palestinos, enquanto o Estado hebreu exige a desmilitarização da Faixa de Gaza.

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