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Guerra na Ucrânia: conquista de vilarejo evidencia sucesso parcial da contraofensiva ucraniana

Militares russos defendiam o território, mas perderam a batalha na quinta-feira, ao anunciarem desistência

Guerra na Ucrânia: derrota da Rússia foi comemorada pelo presidente Volodymyr Zelensky (AFP/AFP)

Guerra na Ucrânia: derrota da Rússia foi comemorada pelo presidente Volodymyr Zelensky (AFP/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 31 de julho de 2023 às 14h29.

Última atualização em 31 de julho de 2023 às 15h10.

Durante dez dias, fuzileiros navais ucranianos lutaram rua por rua e casa por casa para reconquistar o vilarejo de Staromaiorske, em Zaporíjia, enfrentando a artilharia, os ataques aéreos e centenas de soldados russos.

O Exército russo defendeu o território ferozmente, mas a batalha acabou terminando na quinta-feira, 27, com a sua desistência. Os ucranianos reivindicaram a vitória.

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"Alguns fugiram, outros foram deixados para trás", disse um comandante de assalto da 35ª Brigada de Fuzileiros Navais da Ucrânia. "Estávamos os tornando prisioneiros."

A recaptura de Staromaiorske, um pequeno vilarejo fundamental para a estratégia de avanço pelo sul da Ucrânia, foi comemorada pelo próprio presidente Volodymyr Zelensky.

A contraofensiva tem sido, em grande parte, uma lição brutal para as tropas ucranianas, que têm se esforçado para retomar o território na região sul de Zaporíjia. Em dois meses, os soldados de Kiev avançaram menos de 16 km na região.

Vitórias como a de Staromaiorske representam um possível avanço nos combates, disseram as autoridades ucranianas, talvez abrindo caminho para uma investida mais ampla das forças do país.

A Ucrânia está concentrada em duas investidas principais em direção ao sul, com o objetivo de cortar as rotas de reabastecimento da Rússia. Uma linha de ataque passa por Staromaiorske em direção à cidade de Berdiansk, no Mar de Azov, e outra, mais a oeste, em direção à cidade de Melitopol. Ambas as cidades comandam rotas de trânsito estratégicas para as forças russas que ocupam o sul da Ucrânia e a Crimeia.

Há semanas, a artilharia ucraniana e os mísseis de longo alcance vêm atacando as linhas de suprimento e as bases da retaguarda russas, em um esforço para romper sua capacidade operacional e minar a moral da Rússia. Foguetes disparados de um lançador móvel Himars, de fabricação americana, surpreendem os motoristas nas estradas rurais próximas à linha de frente, enquanto as unidades ucranianas atacam alvos bem atrás das linhas russas.

Enquanto as forças ucranianas utilizam armas fornecidas pelo Ocidente, as tropas russas estão usando novas táticas e armas mortais próprias, incluindo drones de ataque e minas detonadas remotamente.

Em Staromaiorske, os soldados russos cavaram bunkers embaixo das casas do vilarejo com várias saídas para que uma casa explodisse como um formigueiro quando atacada, disse Dikyi.

O segredo do sucesso ucraniano no vilarejo, segundo ele, foi o desgaste da vontade de lutar dos soldados russos. O primeiro sinal do colapso foi quando 20 soldados abandonaram sua posição após reclamarem que os reforços não haviam chegado, disse ele.

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