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Guaidó considera Exército crucial para queda de Maduro

"A transição exigirá o apoio de contingentes militares chaves. Tivemos reuniões clandestinas com membros das Forças Armadas", disse o opositor

Juan Guaidó e sua mulher, Fabiana Rosales: o opositor se autoproclamou presidente interino da Venezuela e recebe o apoio de grande parte da comunidade internacional (Marco Bello/Getty Images)

Juan Guaidó e sua mulher, Fabiana Rosales: o opositor se autoproclamou presidente interino da Venezuela e recebe o apoio de grande parte da comunidade internacional (Marco Bello/Getty Images)

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AFP

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 09h58.

O apoio do Exército venezuelano é "crucial" para os esforços de derrubar o presidente Nicolás Maduro, afirma o líder da oposição, Juan Guaidó, em artigo publicado no jornal "The New York Times".

O presidente da Assembleia Nacional afirma que teve reuniões secretas com integrantes das forças de segurança e que a maioria concorda que o "status quo" não pode continuar.

"A retirada de apoio por parte dos militares de Maduro é crucial para permitir uma mudança no governo e a maioria dos que estão em serviço concorda que os últimos problemas do país são insustentáveis", escreveu Guaidó.

"A transição exigirá o apoio de contingentes militares chaves. Tivemos reuniões clandestinas com membros das Forças Armadas e das forças de segurança".

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, tuitou um link para o artigo de opinião de Guaidó ao lado da frase: "Estados Unidos estão com o povo da Venezuela".

O líder opositor se autoproclamou presidente interino na semana passada, argumentando que a reeleição de Maduro era ilegítima e que ele, como presidente da Assembleia Nacional, era o responsável por assumir o poder, segundo a Constituição.

Rapidamente ganhou o apoio dos Estados Unidos e de vários países da América Latina. Seis dos principais países da União Europeia deram um ultimato a Maduro para que convoque novas eleições até domingo. Em caso contrário, devem reconhecer Guaidó.

A Venezuela enfrenta um colapso econômico no governo de Maduro, marcado pela hiperinflação e escassez de produtos de primeira necessidade, como alimentos e remédios. Quase 2,3 milhões de cidadãos abandonaram o país.

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