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Gregos fazem manifestação pró-governo e contra austeridade

Milhares de pessoas fizeram manifestação para apoiar o governo nas negociações com os credores e exigir o fim das políticas de austeridade na Grécia

Manifestantes em frente ao parlamento durante protesto pró-governo em Atenas, Grécia (Yannis Behrakis/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2015 às 17h44.

Atenas - Milhares de pessoas fizeram uma manifestação nesta quarta-feira em Atenas para apoiar o governo da Grécia nas negociações com os credores e exigir o fim das políticas de austeridade no país.

A concentração, que foi convocada pelo Facebook, reuniu cerca de sete mil pessoas em frente à sede do parlamento, segundo informou a polícia.

"Fim da austeridade", "Nossa vida não pertence aos credores" e "A soberania da Grécia é inegociável" foram alguns dos cartazes que podiam ser lidos no protesto que reuniu simpatizantes do partido governante Syriza, muitos cidadãos anônimos e membros de plataformas contra a austeridade como Ilias, que pertence ao movimento "Não pagamos".

"Estamos aqui para protestar contra a União Europeia , contra o FMI e para apoiar o governo que tenta salvar os gregos, mas também o pedimos que cumpra suas promessas eleitorais e desobedeça as ordens dos credores", afirmou à Agência Efe um jovem economista no protesto.

O movimento "Não pagamos" busca não lidar com a parte da dívida pública considerada "ilegal", como "a maioria da dívida é", na opinião de Ilias.

A comissão internacional de especialistas que realiza uma auditoria da dívida pública grega afirmou nesta quarta-feira que a Grécia não deve pagar a dívida contraída desde 2010 a 2015 porque é fruto de acordos que infringem os direitos humanos.

"Estão fazendo o que podem dadas as circunstâncias. Eu os apoio em qualquer decisão que tomem porque sei que tomarão a melhor decisão para os gregos", disse Stavrula, uma das manifestantes que também apoia a saída da Grécia do euro, caso as negociações cheguem a esse ponto.

"Será uma decisão difícil durante os dois ou três primeiros anos, mas depois a economia voltará ao caminho do crescimento. Desta forma não conseguiremos nunca", declarou em alusão ao aumento do IVA na fatura da eletricidade e outros serviços por exigência das instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).

Stavrula é autônoma e explica que tenta sobreviver como o resto dos trabalhadores de seu setor, embora admita se sentir "estrangulada" pela situação econômica.

Outros manifestantes como María, uma contadora de 47 anos, reconhecem que têm medo que as negociações fracassem.

"Claro que tenho medo, mas é um medo sob controle. Estou cansada de viver cinco anos desta maneira", comentou.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, deu mais uma prova prova de que não está disposto a ceder às pretensões dos credores e, embora pareça improvável um acordo no Eurogrupo de amanhã, não há indícios de que as negociações tenham se encerrado. O governo grego ressaltou que aguarda o convite das instituições para voltar a negociar.

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Atenas - Milhares de pessoas fizeram uma manifestação nesta quarta-feira em Atenas para apoiar o governo da Grécia nas negociações com os credores e exigir o fim das políticas de austeridade no país.

A concentração, que foi convocada pelo Facebook, reuniu cerca de sete mil pessoas em frente à sede do parlamento, segundo informou a polícia.

"Fim da austeridade", "Nossa vida não pertence aos credores" e "A soberania da Grécia é inegociável" foram alguns dos cartazes que podiam ser lidos no protesto que reuniu simpatizantes do partido governante Syriza, muitos cidadãos anônimos e membros de plataformas contra a austeridade como Ilias, que pertence ao movimento "Não pagamos".

"Estamos aqui para protestar contra a União Europeia , contra o FMI e para apoiar o governo que tenta salvar os gregos, mas também o pedimos que cumpra suas promessas eleitorais e desobedeça as ordens dos credores", afirmou à Agência Efe um jovem economista no protesto.

O movimento "Não pagamos" busca não lidar com a parte da dívida pública considerada "ilegal", como "a maioria da dívida é", na opinião de Ilias.

A comissão internacional de especialistas que realiza uma auditoria da dívida pública grega afirmou nesta quarta-feira que a Grécia não deve pagar a dívida contraída desde 2010 a 2015 porque é fruto de acordos que infringem os direitos humanos.

"Estão fazendo o que podem dadas as circunstâncias. Eu os apoio em qualquer decisão que tomem porque sei que tomarão a melhor decisão para os gregos", disse Stavrula, uma das manifestantes que também apoia a saída da Grécia do euro, caso as negociações cheguem a esse ponto.

"Será uma decisão difícil durante os dois ou três primeiros anos, mas depois a economia voltará ao caminho do crescimento. Desta forma não conseguiremos nunca", declarou em alusão ao aumento do IVA na fatura da eletricidade e outros serviços por exigência das instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).

Stavrula é autônoma e explica que tenta sobreviver como o resto dos trabalhadores de seu setor, embora admita se sentir "estrangulada" pela situação econômica.

Outros manifestantes como María, uma contadora de 47 anos, reconhecem que têm medo que as negociações fracassem.

"Claro que tenho medo, mas é um medo sob controle. Estou cansada de viver cinco anos desta maneira", comentou.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, deu mais uma prova prova de que não está disposto a ceder às pretensões dos credores e, embora pareça improvável um acordo no Eurogrupo de amanhã, não há indícios de que as negociações tenham se encerrado. O governo grego ressaltou que aguarda o convite das instituições para voltar a negociar.

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