Grécia passa em teste com emissão de bônus
Atenas - A Grécia passou nesta terça-feira no primeiro teste de financiamento desde a aprovação do pacote de emergência da UE e do FMI em maio, vendendo facilmente 1,625 bilhão de euros em títulos de dívida de 6 meses. O país conseguiu financiamento de mercado a um custo ligeiramente menor que a taxa de 5 por […]
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2010 às 10h30.
Atenas - A Grécia passou nesta terça-feira no primeiro teste de financiamento desde a aprovação do pacote de emergência da UE e do FMI em maio, vendendo facilmente 1,625 bilhão de euros em títulos de dívida de 6 meses.
O país conseguiu financiamento de mercado a um custo ligeiramente menor que a taxa de 5 por cento paga pelo empréstimo de 110 bilhões de euros que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) disponibilizaram para acalmar a crise que abalou a zona do euro.
Contudo, o leilão reforça que a Grécia ainda tem um bom caminho a percorrer para convencer os investidores. O rendimento foi mais alto que o de um leilão anterior e ficou acima do valor pago recentemente por outras economias da zona do euro. A demanda foi sólida, mas menor.
A agência de gerenciamento de dívida da Grécia informou que o leilão produziu um rendimento de 4,65 por cento para títulos da dívida de 26 semanas, frente a 4,55 por cento no leilão de 13 de abril.
"Nós estávamos esperando um bom resultado, e ele é bom para a Grécia e o euro, mas (a Grécia) tem um longo caminho a percorrer, pois seus desafios econômicos são bem severos. Levará anos para resolver isso, e não apenas um leilão", disse Paul Robinson, estrategista de câmbio do Barclays Capital em Londres.
A proporção entre oferta e demanda foi ligeiramente melhor que o previsto, em 3,64 - menos que a metade, porém, da proporção de 7,67 no leilão de abril.
"Nós estamos felizes com o resultado do leilão", disse Petros Christodoulou, diretor da agência de dívida grega, à Reuters. "Nós fomos surpreendidos de forma agradável pela participação estrangeira."
Os mercados esperavam que a emissão de bônus tivesse participação majoritária de bancos gregos. Christodoulou não quis dizer o quanto foi tomado por estrangeiros.
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