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Governo Lula tem seis aeronaves prontas para o resgate de brasileiros em Israel e países da região

Conselho de Segurança da ONU se reunirá neste domingo para discutir conflito entre Israel e Palestina

Atualmente, vivem em Israel 14 mil brasileiros e outros 6 mil na Palestina, a maior parte fora da zona de conflito (AFP/AFP)

Atualmente, vivem em Israel 14 mil brasileiros e outros 6 mil na Palestina, a maior parte fora da zona de conflito (AFP/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de outubro de 2023 às 12h55.

O comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, informou, neste domingo, que há seis aeronaves à disposição para repatriar brasileiros que estão em Israel e em outros países do Oriente Médio. Ele disse que a lista de pessoas ainda está sendo fechada, mas adiantou que a primeira leva virá para o Brasil segunda ou terça-feira.

"Temos seis aeronaves prontas, com médicos e psicólogos",afirmou Damascendo. Ele disse que, na tarde deste domingo, sairá de Natal, para Roma uma aeronave com capacidade para 230 passageiros. De lá, o avião deve pousar no aeroporto de Tel Aviv.

"Estamos prontos para fazer as primeiras levas e trazer os primeiros brasileiros de volta. Não sabemos se essa primeira decolagem acontecerá amanhã ou na terça-feira, pois vai depender da montagem da lista de passageiros que desejam voltar ao Brasil nessa missão de repatriação. Há também possibilidade de brasileiros voltarem em aviões comerciais", declarou o comandante.

Segundo Damasceno, acrescentando que a lista de brasileiros será montada até a manhã de segunda-feira. Ele afirmou que as decolagens serão realizadas sempre na parte da tarde, para permitir que as pessoas possam se deslocar até as aeronaves a tempo. E ressaltou que está em contato com embaixadas do Brasil nos países da região, para que a repatriação também seja feita em outras nações do Oriente Médio.

Ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, o comandante participou da primeira parte de uma reunião de coordenação do governo sobre o conflito entre Israel e Palestina. Participam das discussões o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, e a ministra interina das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha.

Em um ataque-surpresa por terra, mar e ar, Israel sofreu, no sábado, uma ofensiva coordenada em larga escala com uma chuva de mais de 2.500 foguetes e invasão por centenas de combatentes palestinos. Como reação, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra à Palestina.

Damasceno disse que estão de prontidão as seguintes aeronaves: dois KC 390, para até 80, dois VC 2 para até 40 e dois KC 30 para 230 pessoas.

Em nota divulgada no último sábado, o Itamaraty informou que está monitorando 90 cidadãos nacionais, dos quais 30 na Faixa de Gaza e outras 60 pessoas em Ascalão e outras localidades na zona de conflito. Atualmente, vivem em Israel 14 mil brasileiros e outros 6 mil na Palestina, a maior parte fora da zona de conflito.

Neste domingo, haverá uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, convocada pelo Brasil, que preside o órgão neste mês. A expectativa é que saia alguma manifestação sobre os ataques do Hamas e a escalada da violência. O conselho tem sido criticado por parte da comunidade internacional, por não contribuir efetivamente para a paz. Um exemplo emblemático é a guerra na Ucrânia.

Pela Carta das Nações Unidas, antes de aprovar medidas mais duras, como o uso da força, é preciso promover ações diplomáticas. Além disso, uma negociação é importante, pois nada se decide sem a aprovação dos cinco membros permanentes e com direito a veto: Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China.

O governo brasileiro condenou os ataques. No entanto, foi reforçada a defesa de dois estados, de Israel e o da Palestina, em diversos momentos: em notas do Itamaraty e em declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, auxiliares e representantes do PT.

A citação ao estado da Palestina na nota emitida ontem pelo Itamaraty e a falta de referência ao grupo Hamas na manifestação feita por Lula foi criticada pela oposição, que vê o governo brasileiro tentando adotar uma postura de equidade quando deveria apenas condenar os ataques.

"Não dá para ficar dos dois lados quando um é o agressor", afirmou o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro.

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