Maduro: países europeus deram o prazo de oito dias para a convocação de novas eleições (Miraflores Palace/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 13h12.
Última atualização em 4 de fevereiro de 2019 às 14h29.
Caracas - O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira que as relações com as nações europeias que reconheceram o chefe do Parlamento, Juan Guaidó, como presidente encarregado do país, serão revisadas.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou que a revisão das relações começará imediatamente e continuará até que esses países retifiquem seus posicionamentos, descartando o apoio aos "planos golpistas" da oposição.
Além disso, o governo de Maduro afirma em comunicado que a soberania da Venezuela não está submetida a nenhum tipo de reconhecimento por parte de autoridade estrangeira.
Guaidó foi reconhecido como presidente interino da Venezuela nesta segunda-feira por 12 países europeus. Na prática, esses governos estão considerando como ilegítima a posse de Maduro para seu segundo mandato presidencial de seis anos.
O governo de Maduro reafirmou que é vítima de um golpe de Estado patrocinado pelos Estados Unidos e pelas "oligarquias" da região. Nesse sentido, o comunicado critica o "grau de subordinação" dos países europeus às políticas ditadas pela Casa Branca.
"Denunciamos que essa decisão viola abertamente os princípios e práticas que regem as relações diplomáticas, estabelecendo um precedente perigoso para a convivência pacífica entre as nações", completou o ministério na nota.