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Governo da Argentina propõe novo imposto sobre grandes fortunas

O tributo deve recair sobre aproximadamente 12.000 argentinos que têm acima de 200 milhões de pesos (US$ 2,7 milhões) em patrimônio

Alberto Fernández: proposta de taxar grandes fortunas e congelamento de preços (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Alberto Fernández: proposta de taxar grandes fortunas e congelamento de preços (Gonzalo Fuentes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2020 às 19h42.

O governo da Argentina enviou na sexta-feira, 28, um projeto de lei ao Congresso para taxar grandes fortunas. O objetivo é arrecadar 300 bilhões de pesos (cerca de 3,85 bilhões de dólares) por meio de um imposto extraordinário, que deve recair sobre aproximadamente 12.000 argentinos que têm acima de 200 milhões de pesos (2,7 milhões de dólares) em patrimônio.

O imposto seria aplicado apenas uma vez e foi apresentado pelo deputado Carlos Heller e pelo líder do partido governista Frente de Todos na Câmara, Máximo Kirchner, filho da ex-presidente e atual vice Cristina Kirchner.

Adicionalmente, contribuintes que estiverem dentro da faixa de cobrança e tiverem bens no exterior terão que pagar uma alíquota 50% maior, de acordo com a iniciativa do governo.

Em comunicado, o partido Frente de Todos informou que o valor arrecadado com o imposto será usado para “comprar equipamentos de saúde para enfrentar a pandemia, apoiar as pequenas e médias empresas com subsídios e créditos e desenvolver bairros populares com obras que empregam os moradores”.

O governo também disse que quer usar o imposto para realizar obras, equipar a petrolífera estatal YPF para produzir e distribuir gás natural e pretende ainda financiar o relançamento de um plano que concede subsídios a jovens estudantes.

Na semana passada, o presidente da Argentina Alberto Fernández anunciou o congelamento das tarifas de internet, TV a cabo e celular até o final do ano. O governo já congelou os preços de mais de 2.000 outros bens de consumo e tentou nacionalizar o maior comerciante de soja do país.

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