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Venda de emissora se deve à derrota da oposição, diz Maduro

Os donos do canal privado, muito crítico do governo, venderam a emissora porque sabem que a oposição perderá as eleições, afirmou o candidato governista


	Nicolas Maduro: "seguramente se abrirão as comportas desta fábrica televisiva à democracia verdadeira, ao respeito ao povo", disse
 (Juan Barreto/AFP)

Nicolas Maduro: "seguramente se abrirão as comportas desta fábrica televisiva à democracia verdadeira, ao respeito ao povo", disse (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 08h56.

Caracas - Os donos do canal privado Globovisión, muito crítico do governo, venderam a emissora porque sabem que a oposição perderá as eleições presidenciais de domingo, afirmou o presidente interino da Venezuela e candidato oficialista, Nicolás Maduro.

"Eles venderam esta fábrica televisiva porque sabem que iam perder as eleições e se vão deste país", disse Maduro durante um evento em homenagem ao falecido presidente Hugo Chávez em um parque do centro de Caracas.

"Seguramente se abrirão as comportas desta fábrica televisiva à democracia verdadeira, ao respeito ao povo", completou Maduro.

A venda da maioria acionária da Globovisión foi anunciada há um mês pela direção do canal, que citou pressões políticas do governo e o acúmulo de processos que tornam o canal "inviável".

A direção informou que a venda será concretizada após as eleições presidenciais de domingo, disputa em que Maduro enfrentará o candidato opositor Henrique Capriles.

No momento existe uma grande expectativa sobre o comprador, Juan Domingo Cordero, um empresário ligado ao setor bancário e de seguros, e se ele manterá ou mudará a linha crítica do canal.


A venda compreende 80% das ações do canal, que pertencem a duas famílias. Os outros 20% foram confiscados pelo governo há três anos. Os donos apelaram à justiça para tentar recuperar as ações.

Globovisión é o único canal crítico do governo transmitido em sinal aberto, mas com um alcance limitado a Caracas e à cidade de Valencia.

A emissora acumula várias sanções administrativas, multas milionárias e foi ameaçada de fechamento em várias ocasiões pelo governo, que acusa os sócios do canal de "terroristas midiáticos".

Os donos da Globovisión afirmam ser vítimas de perseguição política por sua linha editorial. O governo alega que as ações contra o canal respondem apenas a razões legais.

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