O general Juan José Zúñiga, que tentou dar um golpe de Estado na Bolívia, fez críticas ao governo e defendeu a libertação de presos políticos, como a ex-presidente Jeanine Añez.
"O povo não tem futuro. Estamos aqui para zelar pelo futuro de nossas crianças. Algumas elites se apossaram do poder do Estado. O pedido das unidades militares é se liberem rapidamente a todos os presos politicos, de Camacho, Añez, generais, tenentes e capitães", disse Zúñiga à imprensa boliviana.
Em outubro de 2019, o então presidente Evo Morales renunciou ao cargo e disse ser alvo de uma tentativa de golpe de Estado, semanas após ele disputar um terceiro mandato e ser reeleito. A disputa teve suspeita de irregularidades.
Após a saída de Evo, Jeanine Añez foi empossada como presidente interina. Eleições foram convocadas no ano seguinte e Luis Arce, então aliado de Evo, venceu.
Depois disso, a Justiça começou a processar apoiadores do golpe contra Evo. Añez foi presa e condenada a dez anos de prisão por "descumprimento de deveres" e outras acusações.
Carlos Camacho, ex-governador da província de Santa Cruz, a mais rica do país, e que deu apoio aos militares em 2019, também foi preso.
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Militar durante mobilização na sede do governo da Bolivia
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Military troops are deployed outside the Quemado Palace at the Plaza de Armas in La Paz on June 26, 2024. Bolivian President Luis Arce on Wednesday denounced the unauthorized gathering of soldiers and tanks outside government buildings in the capital La Paz, saying "democracy must be respected." "We denounce irregular mobilizations by some units of the Bolivian Army," Arce wrote on the X social network. Former president Evo Morales wrote on the same medium that "a coup d'état is brewing." (Photo by AIZAR RALDES / AFP)
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Militares se concentram na Praça de Armas de La Paz, em frente à sede do governo, nesta quarta, 26
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Military troops are deployed outside the Quemado Palace at the Plaza de Armas in La Paz on June 26, 2024. Bolivian President Luis Arce on Wednesday denounced the unauthorized gathering of soldiers and tanks outside government buildings in the capital La Paz, saying "democracy must be respected." "We denounce irregular mobilizations by some units of the Bolivian Army," Arce wrote on the X social network. Former president Evo Morales wrote on the same medium that "a coup d'état is brewing." (Photo by AIZAR RALDES / AFP)
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Militares se concentram na Praça de Armas de La Paz, em frente à sede do governo, nesta quarta, 26
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Military troops are deployed outside the Quemado Palace at the Plaza de Armas in La Paz on June 26, 2024. Bolivian President Luis Arce on Wednesday denounced the unauthorized gathering of soldiers and tanks outside government buildings in the capital La Paz, saying "democracy must be respected." "We denounce irregular mobilizations by some units of the Bolivian Army," Arce wrote on the X social network. Former president Evo Morales wrote on the same medium that "a coup d'état is brewing." (Photo by AIZAR RALDES / AFP)
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Military troops are deployed outside the Quemado Palace at the Plaza de Armas in La Paz on June 26, 2024. Bolivian President Luis Arce on Wednesday denounced the unauthorized gathering of soldiers and tanks outside government buildings in the capital La Paz, saying "democracy must be respected." "We denounce irregular mobilizations by some units of the Bolivian Army," Arce wrote on the X social network. Former president Evo Morales wrote on the same medium that "a coup d'état is brewing." (Photo by AIZAR RALDES / AFP)
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A soldier in an armored vehicle is deployed outside the Quemado Palace at the Plaza de Armas in La Paz on June 26, 2024. Bolivian President Luis Arce on Wednesday denounced the unauthorized gathering of soldiers and tanks outside government buildings in the capital La Paz, saying "democracy must be respected." "We denounce irregular mobilizations by some units of the Bolivian Army," Arce wrote on the X social network. Former president Evo Morales wrote on the same medium that "a coup d'état is brewing." (Photo by AIZAR RALDES / AFP)
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Tentativa de golpe na Bolívia
Nesta quarta, 26, tropas cercaram a Praça Murillo e entraram à força no palácio do governo. Segundo o jornal La Razón, militares entraram à força no palácio do governo, comandados pelo coronel Zúñiga.
O presidente e o general tiveram uma discussão dentro do palácio, cercados por militares. Arce pediu ao general que se retirasse. Zúñiga se recusou, segundo o jornal La Razón, saiu do palácio e não respondeu o que iria fazer. Por volta das 18h, as tropas seguiam na Praça Murillo, perto da sede do governo.
Enquanto a crise se desenrolava, várias autoridades do governo vieram a público falar de uma tentativa de golpe. "Denunciamos que há um golpe de Estado contra nosso governo democraticamente eleito", publicou David Choquehuanca, vice-presidente da Bolívia, em uma rede social.
Por volta das 17h40 (hora de Brasília), Arce divulgou um vídeo, ao lado de seus ministros, em que pede que a população apoie o governo e se posicione contra o golpe.
Algumas lideranças do país, como chefes de centrais sindicais e o ex-presidente Carlos Mesa, se posicionaram contra a tentativa de golpe e em defesa de Arce.