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Galesa que matou filho é condenada à prisão perpétua

A sentença do Supremo Tribunal de Cardiff foi proferida após cinco semanas de julgamento de um caso complexo e cheio de contradições da mãe


	Corão: a mulher teria batido em seu filho de sete anos até a morte por não memorizar várias passagens do Corão.
 (Getty Images)

Corão: a mulher teria batido em seu filho de sete anos até a morte por não memorizar várias passagens do Corão. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 10h08.

Londres - Um tribunal de Gales condenou nesta segunda-feira à prisão perpétua uma mulher acusada de ter batido em seu filho de sete anos até a morte por não memorizar várias passagens do Corão.

Sara Ege, de 33 anos e moradora de Cardiff (Gales), foi declarada culpada por ter surrado seu filho Yaseen e posteriormente queimado o corpo do menino em julho de 2010.

A sentença do Supremo Tribunal de Cardiff foi proferida após cinco semanas de julgamento de um caso complexo e cheio de contradições da mãe, que a princípio admitiu o crime para depois afirmar que a culpa foi do pai.

Em suas declarações, segundo fontes judiciais, a mulher insistia em que a família de seu marido, Yousuf Ege, a obrigou a assumir a culpa do crime, mas que na realidade ele teria cometido.

Embora inicialmente os pais tenham sustentado que Yaseen morreu em um incêndio, um exame legista determinou que o menino havia falecido horas antes, o que a mulher admitiu à polícia.

O pequeno tinha sido inscrito na mesquita local para se transformar em "Hafiz" - um especialista em islã que memoriza o Corão - seguindo assim os passos de sua mãe, que quando menina participou de concursos onde demonstrou seu conhecimento do livro religioso recitando passagens inteiras de cor.

No entanto, segundo reconheceu perante o tribunal, a dificuldade que Yaseen mostrava para lembrar várias passagens a "frustrava cada vez mais" e, movida pela raiva, espancou o menino até que ele caiu enquanto murmurava trechos do Corão.

Quando voltou para ver a criança, dez minutos depois, ele estava tremendo no chão, onde morreu devido aos ferimentos internos que sofreu na região do abdômen.

A mulher, que recebeu a sentença comovida, disse ser uma "mãe brilhante" e teve que ser ajudada para sair da sala. 

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