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Furacão Helene deixa ao menos 100 mortos nos EUA

Tempestade causou estragos em seis estados, com fortes ventos e chuvas torrenciais

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Agência de notícias

Publicado em 30 de setembro de 2024 às 06h59.

Última atualização em 30 de setembro de 2024 às 13h53.

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O balanço do devastador furacão Helene nos Estados Unidos subiu  para pelo menos 100 mortos nesta segunda-feira, 30, com 30 deles em um único condado na Carolina do Norte, segundo as autoridades, enquanto socorristas tentavam resgatar mais pessoas em vários estados do sudeste do país.

No total, são  39 vítimas na Carolina do Norte, 25 na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 14 na Florida, quatro no Tennessee e uma na Virgínia, segundo contagens das autoridades locais compiladas pela AFP. Espera-se que o número total aumente. 

A tempestade causou estragos em áreas da Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Virgínia e Tennessee, com fortes ventos e chuvas torrenciais, que deixaram cidades em ruínas, estradas inundadas e milhões sem eletricidade.

Apenas no condado de Buncombe, na Carolina do Norte, há 30 mortos confirmados, disse o xerife Quentin Miller. "Ainda estamos conduzindo operações de busca, que também podem incluir operações de recuperação", acrescentou.

A tempestade causou o fechamento de centenas de estradas e o colapso de pontes com as inundações.

"Estamos ouvindo sobre danos significativos às infraestruturas de abastecimento de água, comunicações, estradas, rotas essenciais, além de várias casas destruídas", afirmou Deanne Criswell, administradora da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema).

"Vai ser uma recuperação realmente complicada em cada um dos cinco estados que sofreram os impactos", declarou ao canal CBS.

Diante da situação, o presidente Joe Biden visitará esta semana as áreas mais afetadas pela passagem do poderoso furacão, informou a Casa Branca.

O presidente conversou por telefone no domingo à noite com os governadores da Geórgia e da Carolina do Norte e diretor da Fema para "determinar o que mais pode ser feito para acelerar o apoio àqueles que têm mais dificuldades no acesso à ajuda nas comunidades isoladas".

A candidata democrata à presidência, a vice-presidente Kamala Harris, e o candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, anunciaram planos para visitar em breve as áreas mais afetadas, algumas delas em estados-pêndulo para as eleições de novembro.

Nesta segunda-feira, o republicano Donald Trump visitará Valdosta, na Geórgia, o local onde houve a maior destruição devido às enchentes e também um estado-chave nas eleições acirradas que serão realizadas dentro de apenas cinco semanas.

Milhões sem eletricidade

Quase 2,2 milhões de clientes continuavam sem eletricidade no domingo, segundo o site de monitoramento PowerOutage.us.

Matt Targuagno, do Departamento de Energia dos EUA, afirmou que as equipes estão trabalhando para restabelecer a eletricidade, mas alertou sobre "uma resposta complexa, de vários dias".

Neste domingo, três alertas de inundações repentinas continuavam ativos no oeste da Carolina do Norte devido ao risco de ruptura de represas, informou o diretor do Serviço Meteorológico Nacional (NWS), Ken Graham.
O funcionário acrescentou que se espera que o tempo melhore nas áreas afetadas até terça-feira.

Milhares de pessoas seguiam buscando refúgio nos abrigos da Cruz Vermelha, apontou a responsável Jennifer Pipa.
- Suprimentos pelo ar -

Helene tocou terra na quinta-feira à tarde perto de Tallahassee, capital da Flórida, como um furacão de categoria 4 em uma escala de 5, com ventos de 225 km/h, e se rebaixou para ciclone pós-tropical, causando intensas inundações.

Algumas das áreas mais afetadas estão na Carolina do Norte, onde os socorristas foram obrigados a enviar suprimentos por via aérea em algumas regiões, informou neste domingo o governador Roy Cooper.

"Como é muito difícil acessar com caminhões por terra, ontem começamos a transportar suprimentos para a região, incluindo alimentos e água", detalhou.

O diretor do departamento de gestão de emergências do estado, William Ray, advertiu que as condições eram extremamente perigosas.

Pelo menos quatro rodovias interestaduais permaneciam fechadas na Carolina do Norte e no Tennessee, segundo o Departamento de Transporte. E os estados da Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul tiveram que fechar mais de 100 estradas cada um.

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