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Fundo para bancos é suficiente, diz premiê de Portugal

Pedro Passos Coelho disse que o fundo deve ser suficiente para garantir que as instituições financeiras cumprirão as exigências pedidas pelos líderes europeus

"Com base em cálculos preliminares, o volume de 12 bilhões de euros é suficiente", disse Coelho, após a primeira cúpula da União Europeia (Francisco Leong/AFP)

"Com base em cálculos preliminares, o volume de 12 bilhões de euros é suficiente", disse Coelho, após a primeira cúpula da União Europeia (Francisco Leong/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2011 às 18h30.

Lisboa - O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, disse que os 12 bilhões de euros destinados para a recapitalização dos bancos do país, dentro do pacote internacional de resgate de 78 bilhões de euros, devem ser suficientes para garantir que as instituições financeiras cumprirão as exigências que podem ser estabelecidas pelos líderes europeus na nova reunião de cúpula marcada para quarta-feira.

"Com base em cálculos preliminares, o volume de 12 bilhões de euros é suficiente", disse Coelho, após a primeira cúpula da União Europeia, realizada ontem. Ele acrescentou que o governo não terá nenhum papel ativo nos bancos que precisarem de ajuda.

Segundo relatos, os líderes europeus estão próximos de um acordo sobre a recapitalização dos bancos do continente que exigiria cerca de 100 bilhões de euros em capital extra, para que essas instituições se preparem contra potenciais perdas com bônus soberanos que detêm. Os bancos portugueses possuem cerca de 1,8 bilhão de euro em bônus gregos, e quase 20 bilhões de euros em bônus de Portugal.

De acordo com o pacote internacional de resgate que Portugal recebeu, os bancos do país devem atingir uma taxa de capital Tier 1 de 9% este ano e 10% em 2012. Até agora, o bancos têm mostrado resistência em acessar o fundo de 12 bilhões de euros, preferindo levantar dinheiro por meio da venda de ativos e dos acionistas atuais.

Outra ideia que está sendo discutida em Portugal é a criação de um "banco ruim" para absorver os ativos podres dos bancos do país. Esse "banco ruim" teria o apoio do governo, permitindo que os bancos se fortalecessem e voltassem a emprestar. Em uma entrevista recente, o ministro de Finanças do país, Vitor Gaspar, afirmou que essa é uma ideia "interessante e importante que merece ser explorada". As informações são da Dow Jones.

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