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Francesa de extrema direita pede controle de fronteiras

Marine Le Pen elevou as tensões sobre o tema da imigração ilegal ao pedir nesta sexta-feira a reintrodução urgente de controles internos de fronteira


	Marine Le Pen: "Agora não há nada além de uma selva onde violência e a sobrevivência do mais forte reinam"
 (Francois Guillot/AFP)

Marine Le Pen: "Agora não há nada além de uma selva onde violência e a sobrevivência do mais forte reinam" (Francois Guillot/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 11h38.

Calais - A líder francesa de extrema direita Marine Le Pen elevou as tensões sobre o tema da imigração ilegal durante visita à cidade portuária de Calais, norte da França, ao pedir nesta sexta-feira a reintrodução urgente de controles internos de fronteira que foram banidos em grande parte da Europa.

Marine Le Pen - cujo partido, Frente Nacional, de plataforma anti-imigração, liderou as eleições francesas para o Parlamento Europeu em junho - fez o pedido durante visita à cidade, onde a tropa de choque da polícia utilizou gás lacrimogêneo para afastar centenas de imigrantes que buscavam entrar em caminhões com destino à Grã-Bretanha.

Tirando proveito das tensões sobre o tema, Marine Le Pen denunciou o que descreve como “escândalo fenomenal” de uma cidade abandonada frente ao aumento exponencial no número de imigrantes ilegais que buscam cruzar o canal até a Grã-Bretanha. "É hora de travar uma guerra sobre este fenômeno”, disse Marine Le Pen, cujo partido conquistou cerca de 14 por cento dos votos em Calais nas eleições para a prefeitura em março.

Cerca de 2.300 imigrantes, a maioria deles da África, andam pelas ruas da cidade e dormem em acampamentos improvisados dentro e fora da cidade, enquanto esperam por uma tentativa para ir ao Reino Unidos, de acordo com estimativas da prefeitura de Calais. O número era de 1.500 há apenas alguns meses.

A polícia, que teve que utilizar gás lacrimogêneo para conter a multidão de imigrantes em diversas ocasiões nesta semana, teve de separar os apoiadores e os oponentes de Marine Le Pen quando a líder da Frente Nacional chegou à cidade. Houve alguns confrontos menores.

“O Estado de direito não mais se aplica em Calais. Agora não há nada além de uma selva onde violência e a sobrevivência do mais forte reinam”, disse Le Pen. O porto há tempos tem sido um imã para imigrantes ilegais que tentam ir à Grã-Bretanha, onde acreditam que haja mais chance de conseguir emprego. A Grã-Bretanha não é um dos 26 Estados-membros da União Europeia que aboliram as fronteiras internas sob o acordo de Schengen. 

Em setembro, os governos francês e britânico anunciaram que o porto de Calais seria mudado para permitir um melhor controle e melhorar seu fluxo, com barreiras colocadas ao longo da via que dá acesso à área portuária. 

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