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França, Itália e Alemanha tentam acordo sobre imigrantes

Os países concordaram em unir forças para identificar imigrantes e realocá-los por toda a União Europeia ou enviá-los de volta a seus países de origem


	União Europeia: ministros dos três países procuraram mostrar unidade após a chegada ao continente de milhares de imigrantes
 (Siska Gremmelprez/AFP)

União Europeia: ministros dos três países procuraram mostrar unidade após a chegada ao continente de milhares de imigrantes (Siska Gremmelprez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2015 às 18h02.

Luxemburgo - França, Itália e Alemanha concordaram nesta terça-feira em unir forças para identificar os imigrantes que chegam pelo mar e realocá-los rapidamente por toda a União Europeia ou enviá-los de volta a seus países de origem se seus pedidos de asilo na Europa forem rejeitados.

Ministros dos três países procuraram mostrar unidade após a chegada ao continente de milhares de imigrantes, que fizeram travessias perigosas pelo Mar Mediterrâneo partindo da Líbia, drenaram os recursos de Itália e Grécia e causaram tensão com os Estados do norte europeu que escolhem como destino.

“Vocês têm três amigos diante de vocês”, disse o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, em uma coletiva de imprensa conjunta com seus colegas italiano e alemão, como gesto de apaziguamento da desavença acalorada.

“A França, juntamente com a Alemanha e a Itália, apoia um mecanismo de realocação e reentrada”, afirmou Cazeneuve durante um intervalo nas reuniões de ministros do Interior da UE em Luxemburgo para discutir um plano para abordar a emergência dos migrantes.

Enquanto eles deliberavam, a polícia começou a retirar imigrantes majoritariamente africanos de campos improvisados na fronteira ítalo-francesa. Cerca de 300 haviam se reunido do lado italiano na esperança de seguir para a França e dali para o norte da Europa, onde têm parentes e maiores chances de se empregarem.

França e Áustria reforçaram o controle de suas fronteiras para deter imigrantes vindos da Itália, rejeitando centenas e deixando um número cada vez maior deles acampados em estações ferroviárias em Roma e Milão.

Como sinal da discórdia persistente sobre a maneira de lidar com a crise dos imigrantes, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, ameaçou uma “retaliação” se outros países da UE não concordarem em assumir a parte que lhes cabe dos refugiados que aportam nas praias da Itália.

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