(Reuters)
Vanessa Barbosa
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 16h59.
Última atualização em 26 de janeiro de 2017 às 17h07.
São Paulo - Uma série de incêndios florestais castigam o Chile há mais de uma semana, atingindo uma área de 238 mil hectares. Devido à violência e alcance do fogo, a onda de incêndios já é considerada o pior da história do país.
Ao menos dez pessoas morreram até agora, a maioria bombeiros e policiais que lutavam para combater o avanço das labaredas e resgatar moradores de casas em chamas.
A agência espacial dos Estados Unidos, NASA, publicou recentemente uma imagem de satélite que dá a dimensão da tragédia.
Fires Blaze in Chile https://t.co/D08IcdNWeO #NASA pic.twitter.com/w8wGBiRUPZ
— NASA Earth (@NASAEarth) January 23, 2017
Mais de 4 mil bombeiros, voluntários e militares trabalham no combate a 60 grandes focos de incêndio que atingem o centro e sul do país.
No Chile, os bombeiros são voluntários, não recebem nada pelo seu trabalho, e seus equipamentos são garantidos com doações nacionais e internacionais.
La muerte de un Bombero simboliza el riesgo, la valentía y la nobleza de la profesión que elegimos vivir. ¡Fuerza, camaradas! 🚒🇨🇱🇪🇨 pic.twitter.com/LoBhXcTvBr
— Eber Arroyo (@eberarroyoj) January 25, 2017
Está sendo particularmente difícil controlar o avanço do fogo devido aos fortes ventos e altas temperaturas do mês de janeiro, que atingem facilmente a casa dos 40 graus.
As muitas florestas de pinheiros e de eucaliptos plantadas também ajudam a propagar o fogo.
Para combater as chamas, o país conta com o auxílio do maior avião de combate a incêndios do mundo, um Boeing 747 “SuperTanker", um colosso capaz de armazenar mais de 70 mil litros de água ou de retardador de chamas.
A aeronave foi financiada por uma filantropa chilena que mora no Colorado, EUA. Veja um vídeo do avião em ação no Chile:
https://www.youtube.com/watch?v=eMdv9yCLyks
Por precaução, dezenas de aldeias foram evacuadas. As regiões centrais de O'Higgins e Maule são as mais atingidas.
Milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas por conta do avanço do fogo, que também devastou plantações e criações de gado.
As causas do incêndio ainda são incertas, mas segundo o jornal La Nacion, onze pessoas estão presas por suspeita de terem colocado fogo intencionalmente.
Também está sendo investigada a possível responsabilidade de empresas de energia elétrica, por falta de manutenção em linhas elétricas em áreas rurais.
A presidente Michelle Bachelet anunciou ontem uma séria de medidas de auxílio às famílias atingidas pelo desastre, como benefícios econômicos para quem perdeu tudo, habitações de emergência e linhas de créditos especiais para a área rural.