FMI tenta chegar a 'consenso' sobre novo diretor-geral
Países começam a se alinhar com candidatos em oposição à candidatura oficial européia da ministra da Economia da França, Christine Lagarde
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2011 às 20h39.
Paris - Os 24 membros do Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) devem tentar chegar a um "consenso" nesta quarta-feira para designar o novo diretor-geral da instituição. A seguir estãos os alinhamentos formados após a candidatura oficial europeia da ministra da Economia da França, Christine Lagarde.
Sete administradores da União Europeia se alinharam pela candidata francesa. Por ordem de importância, são eles: Hubert Temmeyer (Alemanha), Ambroise Fayolle (França), Alexander Gibbs (Reino Unido), Willy Kiekens (Bélgica), Cama Bakker (Holanda), Arrigo Sadun (Itália) e Benny Andersen (Dinamarca).
Os administradores que têm mais direito de voto, Meg Lundsager (Estados Unidos) e Mitsuhiro Furusawa (Japão), têm postergado a questão. Washington deve esperar até o fim das candidaturas, em 10 de junho, para tomar uma posição e Tóquio deve fazer o mesmo.
Dois administradores geralmente alinhados com a posição dos Estados Unidos ainda têm possibilidade de ser candidatos: Thomás Hockin (Canadá, que representa a Irlanda e a nove países do Caribe e a Belice) e Ahmed Abdulkarim Alkholifey (Arábia Saudita).
O México conta até o momento com dois candidatos: Agustin Carstens e Carlos Perez-Verdia, que representariam a seis países de América Latina, a um da União Europeia e Espanha. Este primeiro deve ser o nome definitivo deste grupo.
Por sua vez, os representantes dos cinco Brics se uniram para criticar a Europa. Paulo Nogueira Batista (Brasil), Alexei Mojine (Rússia), Arvind Virmani (Índia), Jianxiong He (China) e Moeketsi Majoro (Lesotho, que representa a 21 países africanos, entre eles África do Sul) criticaram duramente na terça-feira a vontade da Europa de manter-se no cargo que monopoliza há 65 anos. Rússia, por sua vez, respalda a Grigori Martchenko de Kazajastán.
René Weber, que representa a Suíça, declarou em um semanário suiço que se opôs a ideia de voltar a designar um europeu. Seu país tem a maioria dos votos do grupo (50,6%). Mas este administrador também representa um membro da UE, Polônia, e a cinco países da Ásia Central, que têm como candidato a Martchenko.
Seis administradores a serem convencidos
Der Jiun Chia (Singapura, que representa onze países asiáticos e dois da Oceania), Christopher Legg (Austrália, que representa quinze países da Oceania e asiáticos), Abdel Shakur Shaalan (Egito, que representa doze países árabes e Ilhas Maldivas), Jafar Mojarrad (Irã, que representa quatro países africanos, Afeganistão e Paquistão), Alfredo Mac Laughlin (Argentina, que representa seis países sul-americanos) e Kossi Assimaidu (Togo, que representa 22 países africanos) se mostraram a princípio favoráveis a que seja um representante europeu à frente do FMI. Contudo, suas preferências são incertas até o momento.
Paris - Os 24 membros do Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) devem tentar chegar a um "consenso" nesta quarta-feira para designar o novo diretor-geral da instituição. A seguir estãos os alinhamentos formados após a candidatura oficial europeia da ministra da Economia da França, Christine Lagarde.
Sete administradores da União Europeia se alinharam pela candidata francesa. Por ordem de importância, são eles: Hubert Temmeyer (Alemanha), Ambroise Fayolle (França), Alexander Gibbs (Reino Unido), Willy Kiekens (Bélgica), Cama Bakker (Holanda), Arrigo Sadun (Itália) e Benny Andersen (Dinamarca).
Os administradores que têm mais direito de voto, Meg Lundsager (Estados Unidos) e Mitsuhiro Furusawa (Japão), têm postergado a questão. Washington deve esperar até o fim das candidaturas, em 10 de junho, para tomar uma posição e Tóquio deve fazer o mesmo.
Dois administradores geralmente alinhados com a posição dos Estados Unidos ainda têm possibilidade de ser candidatos: Thomás Hockin (Canadá, que representa a Irlanda e a nove países do Caribe e a Belice) e Ahmed Abdulkarim Alkholifey (Arábia Saudita).
O México conta até o momento com dois candidatos: Agustin Carstens e Carlos Perez-Verdia, que representariam a seis países de América Latina, a um da União Europeia e Espanha. Este primeiro deve ser o nome definitivo deste grupo.
Por sua vez, os representantes dos cinco Brics se uniram para criticar a Europa. Paulo Nogueira Batista (Brasil), Alexei Mojine (Rússia), Arvind Virmani (Índia), Jianxiong He (China) e Moeketsi Majoro (Lesotho, que representa a 21 países africanos, entre eles África do Sul) criticaram duramente na terça-feira a vontade da Europa de manter-se no cargo que monopoliza há 65 anos. Rússia, por sua vez, respalda a Grigori Martchenko de Kazajastán.
René Weber, que representa a Suíça, declarou em um semanário suiço que se opôs a ideia de voltar a designar um europeu. Seu país tem a maioria dos votos do grupo (50,6%). Mas este administrador também representa um membro da UE, Polônia, e a cinco países da Ásia Central, que têm como candidato a Martchenko.
Seis administradores a serem convencidos
Der Jiun Chia (Singapura, que representa onze países asiáticos e dois da Oceania), Christopher Legg (Austrália, que representa quinze países da Oceania e asiáticos), Abdel Shakur Shaalan (Egito, que representa doze países árabes e Ilhas Maldivas), Jafar Mojarrad (Irã, que representa quatro países africanos, Afeganistão e Paquistão), Alfredo Mac Laughlin (Argentina, que representa seis países sul-americanos) e Kossi Assimaidu (Togo, que representa 22 países africanos) se mostraram a princípio favoráveis a que seja um representante europeu à frente do FMI. Contudo, suas preferências são incertas até o momento.