FBI procura suposto integrante da Al-Qaeda no Brasil
Mohamed Ahmed é egípcio e ingressou no Brasil em 2018, com autorização de residência
Reuters
Publicado em 13 de agosto de 2019 às 06h30.
Última atualização em 13 de agosto de 2019 às 12h56.
Rio de Janeiro — O FBI quer interrogar um suposto agente egípcio da Al Qaeda que acredita estar morando no Brasil, e o governo brasileiro se comprometeu a cooperar com os Estados Unidos como puder.
Na segunda-feira, o FBI acrescentou Mohamed Ahmed Elsayed Ahmad Ibrahim à sua lista de mais procurados, afirmando que ele estava sendo procurado "a fim de interrogá-lo com relação ao papel que supostamente desempenhou como agente e facilitador da Al Qaeda".
Segundo o FBI, o egípcio "esteve, supostamente, envolvido no planejamento de ataques contra os Estados Unidos e seus interesses, e no fornecimento de apoio material para a Al Qaeda desde, aproximadamente, 2013". A Al Qaeda é o grupo por trás dos ataques de 11 de Setembro em Nova York e Washington em 2001.
Pelas informações divulgadas pela polícia federal norte-americana, Ibrahim nasceu no Egito em 1977.
Em um comunicado conjunto na segunda-feira, o Ministério da Justiça e o Itamaraty disseram que o egípcio entrou no Brasil em 2018 e era um residente legal no país.
"O governo brasileiro está aberto a cooperar com as autoridades norte-americanas no que for solicitado, nos termos de nossa legislação, e está acompanhando o caso", diz o comunicado.
O presidente Jair Bolsonaro está trabalhando para estreitar os laços com o presidente dos EUA, Donald Trump, um aliado ideológico que propôs um pacto comercial bilateral entre as duas maiores economias das Américas.
A cooperação de segurança entre os dois países tem sido forte há muito tempo, com funcionários norte-americanos e brasileiros trabalhando juntos em casos de contrabando de drogas e armas. Os Estados Unidos há muito se preocupam com supostos militantes de organizações como o Hezbollah que vivem e operam no Brasil.