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Favorito rejeita governo de coalizão no Afeganistão

Abdullah Abdullah descartou a formação de um governo de coalizão a fim de evitar um segundo turno

Um outdoor instalado perto de um posto de controle exibe propaganda das eleições presidenciais, em Cabul, no Afeganistão (Mohammad Ismail/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 21h51.

Cabul - O candidato favorito para suceder Hamid Karzai como presidente do Afeganistão expressou a possibilidade de se juntar a um rival nesta quarta-feira, mas descartou a formação de um governo de coalizão a fim de evitar um segundo turno.

Os afegãos foram às urnas em uma eleição presidencial na semana passada que, se bem sucedida, será a primeira transferência democrática de poder na história do país, já que Karzai se prepara para deixar o cargo após mais de 12 anos no poder.

Contagens preliminares colocam o ex-ministro das Relações Exteriores Abdullah Abdullah na liderança em partes da capital, Cabul. Mas pode levar semanas até que um vencedor seja declarado nacionalmente, em um universo de oito candidatos, porque o terreno acidentado do Afeganistão e a frágil infraestrutura tornam a apuração mais difícil.

Falando à Reuters em sua casa nesta quarta-feira, Abdullah disse que se encontrou com o seu rival, o também ex-chanceler Zalmai Rassoul, pouco depois da eleição de 5 de abril para discutir possibilidades de aliança.

"Eu tinha pedido essa reunião. Tivemos uma boa discussão. Eu não vou entrar em detalhes sobre isso, mas você pode imaginar que, nesta fase, não estamos falando sobre o clima ou lazer", disse ele.

"Estivemos no mesmo governo nos velhos tempos, somos amigos por muitos anos. Então, essa é a parte pessoal disso. O resto depende do entendimento comum de certos temas e certas políticas." Abdullah está visivelmente mais crítico do que outro candidato que também está à frente na corrida presidencial, o ex-ministro das Finanças Ashraf Ghani.

Questionado se ele poderia trabalhar com Ghani, disse com um tom de sarcasmo: "O senhor Ghani se declarou vencedor. Deixe-o absorver a vitória".

Se nenhum dos candidatos obtiver mais de 50 por cento, um segundo turno terá de ser realizado, na melhor das hipóteses, no fim de maio, prolongando consideravelmente o tempo de espera para a definição do próximo presidente do país.

As potências ocidentais, que devem retirar a maioria de suas forças do Afeganistão até o fim deste ano, assistem ao processo eleitoral afegão atentamente depois que uma eleição presidencial bagunçada em 2009 resultou em denúncias de fraude em massa.

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Contagens preliminares colocam o ex-ministro das Relações Exteriores Abdullah Abdullah na liderança em partes da capital, Cabul. Mas pode levar semanas até que um vencedor seja declarado nacionalmente, em um universo de oito candidatos, porque o terreno acidentado do Afeganistão e a frágil infraestrutura tornam a apuração mais difícil.

Falando à Reuters em sua casa nesta quarta-feira, Abdullah disse que se encontrou com o seu rival, o também ex-chanceler Zalmai Rassoul, pouco depois da eleição de 5 de abril para discutir possibilidades de aliança.

"Eu tinha pedido essa reunião. Tivemos uma boa discussão. Eu não vou entrar em detalhes sobre isso, mas você pode imaginar que, nesta fase, não estamos falando sobre o clima ou lazer", disse ele.

"Estivemos no mesmo governo nos velhos tempos, somos amigos por muitos anos. Então, essa é a parte pessoal disso. O resto depende do entendimento comum de certos temas e certas políticas." Abdullah está visivelmente mais crítico do que outro candidato que também está à frente na corrida presidencial, o ex-ministro das Finanças Ashraf Ghani.

Questionado se ele poderia trabalhar com Ghani, disse com um tom de sarcasmo: "O senhor Ghani se declarou vencedor. Deixe-o absorver a vitória".

Se nenhum dos candidatos obtiver mais de 50 por cento, um segundo turno terá de ser realizado, na melhor das hipóteses, no fim de maio, prolongando consideravelmente o tempo de espera para a definição do próximo presidente do país.

As potências ocidentais, que devem retirar a maioria de suas forças do Afeganistão até o fim deste ano, assistem ao processo eleitoral afegão atentamente depois que uma eleição presidencial bagunçada em 2009 resultou em denúncias de fraude em massa.

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