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Falta de combustível pode gerar catástrofe humanitária em Gaza

A paralisação da única usina elétrica da faixa territorial palestina pode desencadear uma catástrofe sanitária e ambiental

A crise também afeta diretamente a população, já que os postos de gasolina também não têm mais combustível para vender
 (Getty Images)

A crise também afeta diretamente a população, já que os postos de gasolina também não têm mais combustível para vender (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 13h43.

Gaza - O Centro palestino de Direitos Humanos e os responsáveis do Governo do Hamas em Gaza afirmaram nesta quinta-feira que a paralisação da única usina elétrica da faixa territorial palestina, por falta de combustível, pode desencadear uma catástrofe sanitária e ambiental.

Em comunicado, o Centro Palestino de Direitos Humanos mostrou sua 'grave preocupação' com a situação em Gaza, que já sofre com longas horas de blecautes. A organização também enfatizou as 'desastrosas consequências que esta crise pode gerar na população civil'.

Segundo Medhat Abbas, um funcionário do Ministério da Saúde de Gaza, várias alas dos hospitais 'terão que interromper seus serviços devido ao blecaute. Agora, elas estão dependendo exclusivamente do combustível armazenado'.

A crise também afeta diretamente a população, já que os postos de gasolina também não têm mais combustível para vender.

Desde o último mês, o Governo do Hamas em Gaza não compra diesel de Israel por conta das dificuldades de negociação com Tel Aviv. No entanto, as autoridades passaram a importar combustível do Egito com um preço bastante inferior em comparação com o importado legalmente.

Porém, com a interrupção do fornecimento ilegal, a crise se agravou e fez com que a única usina elétrica de Gaza, responsável por 35% de seu consumo, deixasse de funcionar na última terça-feira.

O diretor do sindicato de postos de gasolina, Mohammed Abadla, declarou aos jornalistas que 'a escassez de combustível no Sinai e a decisão dos vendedores de subir os preços' são os principais fatores dessa crise. 'As árduas negociações com os donos dos túneis e as autoridades egípcias não tiveram êxito', acrescentou.

Na manhã desta quinta-feira, dezenas de pessoas se concentraram na frente da sede das Nações Unidas em Gaza com bandeiras palestinas e cartazes. A ideia era pressionar a comunidade internacional para tentar pôr fim nessa crise elétrica.

Representantes dos setores sanitário e educativo também se uniram ao protesto. O Comitê Nacional para o Levantamento do Bloqueio de Gaza, por sua vez, fez uma chamada aos países árabes, em particular ao Egito, para que possam intervir e ajudar a solucionar os blecautes em Gaza. 

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