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Fabricante japonês de fraldas interrompe produção por queda na taxa de natalidade

O número de nascimentos no Japão registrou em 2023 o menor nível da história; país teve duas vezes mais mortes que partos

Natalidade japonesa: a Oji Holdings suspenderá em setembro a produção de fraldas infantis (Getty Images/Divulgação)

Natalidade japonesa: a Oji Holdings suspenderá em setembro a produção de fraldas infantis (Getty Images/Divulgação)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 26 de março de 2024 às 08h46.

Última atualização em 26 de março de 2024 às 08h46.

A queda na taxa de natalidade no Japão levou um fabricante de fraldas a interromper a produção dos produtos para bebês e aumentar a produção para adultos, anunciou a empresa nesta terça-feira.

A Oji Holdings suspenderá em setembro a produção de fraldas infantis, depois que a produção caiu de 700 milhões de unidades em 2001 para 400 milhões no ano passado.

"A demanda de fraldas para bebês está em queda devido a fatores como a redução na taxa de natalidade", disse um porta-voz da empresa à AFP. Os produtos continuarão sendo vendidos no Japão até o fim dos estoques.

O número de nascimentos no Japão registrou em 2023 o menor nível da história. O país teve duas vezes mais mortes que partos.

Fraldas para adultos

O porta-voz disse que a Oji Holdings aumentará a produção de artigos de saúde para adultos no país, antecipando seu uso em locais como casas de repouso.

O Japão tem a população mais idosa do mundo, depois do Mônaco, e o mercado de fraldas para adultos "deverá crescer localmente", afirmou a empresa em um comunicado.

A Oji Holdings, que também fabrica artigos de papel, destacou, no entanto, que pretende "manter e aumentar" a produção de fraldas para bebês para exportação, a países como Indonésia e Malásia, onde a empresa projeta o aumento da demanda.

Nascimentos em baixa

Os nascimentos no Japão caíram em 2023 pelo oitavo ano consecutivo, a 758.631, uma redução de 5,1% na comparação com o ano anterior, segundo os dados preliminares divulgados em fevereiro.

No mesmo período, o país registrou 1.590.503 óbitos.

O Japão enfrenta uma crescente escassez de mão-de-obra. O primeiro-ministro Fumio Kishida prometeu políticas para estimular a natalidade, que incluem ajuda financeira às famílias, acesso mais fácil a creches e aumento do período de licença paternidade.

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