Mundo

Exército do Sudão do Sul matou 50 pessoas em contêiner

O crime é mais um exemplo da violação do cessar-fogo cometida pelos dois lados desde a assinatura do acordo de paz em agosto


	Sudão do Sul: no país, os contêineres de metal são muito utilizados como prisões improvisadas e precárias
 (Andreea Campeanu/Reuters)

Sudão do Sul: no país, os contêineres de metal são muito utilizados como prisões improvisadas e precárias (Andreea Campeanu/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 09h39.

As tropas do governo do Sudão do Sul mataram em outubro do ano passado 50 pessoas por asfixia, depois que elas foram deixadas em um contêiner exposto ao sol, afirma um relatório de observadores internacionais.

O crime, cometido no estado setentrional de Unidade, um dos principais campos de batalha da guerra civil que devasta o Sudão do Sul há mais de dois anos, é mais um exemplo da violação do cessar-fogo cometida pelos dois lados desde a assinatura do acordo de paz em agosto, segundo o relatório, que enumera as violações.

O documento foi elaborado pela Comissão de Vigilância e Avaliação (JMEC) do acordo assinado em 26 de agosto entre o chefe de Estado Salva Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar, com o objetivo de acabar com a guerra civil.

O texto foi apresentado em 29 de janeiro à reunião de cúpula da União Africana em Adis Abeba.

No Sudão do Sul, os contêineres de metal são muito utilizados como prisões improvisadas e precárias. No estado de Unidade, as temperaturas superam com facilidade os 40 graus durante o dia.

O Sudão do Sul proclamou sua independência em julho de 2011 graças à divisão do Sudão, sob a mediação dos Estados Unidos.

O país entrou, dois anos e meio depois, em guerra, por causa das disputas políticas e étnicas, alimentadas pela rivalidade entre Kiir e Machar.

Acompanhe tudo sobre:CrimeGuerrasSudão do Sul

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame