Exército de Israel deverá alistar jovens ultra-ortodoxos
A ordem, que cancela a isenção automática da qual esta comunidade desfruta há seis décadas, se traduzirá no envio de convocações a todo jovem maior de 16 anos e meio
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2012 às 12h57.
Jerusalém - O ministro da Defesa de Israel , Ehud Barak, ordenou ao Exército que comece a processar a informação sobre milhares de jovens ultra-ortodoxos que até agora desfrutavam da isenção militar, após expirar na noite passada a chamada Lei Tal, informou nesta quarta-feira o jornal "Yedioth Ahronoth".
A ordem, que cancela a isenção automática da qual esta comunidade desfruta há seis décadas, se traduzirá no envio de convocações a todo jovem maior de 16 anos e meio, como ocorre com o resto da população, mas não estabelece regulação para os demais.
"Este é um dia importante. A situação que havia até agora não se repetirá", afirmou Barak.
Os ultra-ortodoxos, que costumam driblar o serviço militar alegando que se dedicam ao estudo da Torá, não se alteraram demais por sua nova situação e nos escritórios de alistamento ainda não foi registrada nenhuma mudança.
O general reformado Eliezer Stern, ex-comandante do Departamento de Pessoal do Exército, declarou à rádio pública que "ninguém deve esperar uma afluência em massa de jovens" desta comunidade aos escritórios de alistamento, e que, na prática, "as coisas seguirão como estão".
A Lei Tal foi legislada em 2002 para garantir parâmetros automáticos de isenção a esta comunidade, mas foi declarada inconstitucional pela Corte Suprema israelense, que forçou o governo a buscar uma solução que não seja discriminatória.
Por motivos políticos em sua coalizão de governo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não encontrou por enquanto a forma de legislar a nova lei, e por isso o Exército se vê obrigado a aplicar os mesmos critérios de alistamento a todos os jovens.
Ontem o ministro da Defesa deu ao Exército um prazo de um mês para que lhe entregue uma proposta prática para começar a recrutar de fato estes jovens, em um plano temporário até que o Parlamento consiga elaborar uma nova legislação.
O plano deverá levar em conta o mandato do Supremo, as faculdades dos recrutas, os requisitos e necessidades do Exército e o princípio de "compartilhar o peso" do Estado entre toda a população, indicou o Ministério da Defesa em comunicado.
Um jovem ultra-ortodoxo que se apresentou hoje na principal base de recrutamento em Tel Hashomer, nos arredores de Tel Aviv, declarou ao site do jornal que eventualmente a nova situação "levará as fileiras do Exército todos os jovens" de sua comunidade.
Identificado como Matán, o jovem disse que sua intenção era alistar-se independentemente do que ocorra com a polêmica lei e pediu a seus colegas de seminário que sigam seus passos.
"É possível ir ao Exército e ao mesmo tempo estudar a Torá. Isso não serve como desculpa", esclareceu.
Jerusalém - O ministro da Defesa de Israel , Ehud Barak, ordenou ao Exército que comece a processar a informação sobre milhares de jovens ultra-ortodoxos que até agora desfrutavam da isenção militar, após expirar na noite passada a chamada Lei Tal, informou nesta quarta-feira o jornal "Yedioth Ahronoth".
A ordem, que cancela a isenção automática da qual esta comunidade desfruta há seis décadas, se traduzirá no envio de convocações a todo jovem maior de 16 anos e meio, como ocorre com o resto da população, mas não estabelece regulação para os demais.
"Este é um dia importante. A situação que havia até agora não se repetirá", afirmou Barak.
Os ultra-ortodoxos, que costumam driblar o serviço militar alegando que se dedicam ao estudo da Torá, não se alteraram demais por sua nova situação e nos escritórios de alistamento ainda não foi registrada nenhuma mudança.
O general reformado Eliezer Stern, ex-comandante do Departamento de Pessoal do Exército, declarou à rádio pública que "ninguém deve esperar uma afluência em massa de jovens" desta comunidade aos escritórios de alistamento, e que, na prática, "as coisas seguirão como estão".
A Lei Tal foi legislada em 2002 para garantir parâmetros automáticos de isenção a esta comunidade, mas foi declarada inconstitucional pela Corte Suprema israelense, que forçou o governo a buscar uma solução que não seja discriminatória.
Por motivos políticos em sua coalizão de governo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não encontrou por enquanto a forma de legislar a nova lei, e por isso o Exército se vê obrigado a aplicar os mesmos critérios de alistamento a todos os jovens.
Ontem o ministro da Defesa deu ao Exército um prazo de um mês para que lhe entregue uma proposta prática para começar a recrutar de fato estes jovens, em um plano temporário até que o Parlamento consiga elaborar uma nova legislação.
O plano deverá levar em conta o mandato do Supremo, as faculdades dos recrutas, os requisitos e necessidades do Exército e o princípio de "compartilhar o peso" do Estado entre toda a população, indicou o Ministério da Defesa em comunicado.
Um jovem ultra-ortodoxo que se apresentou hoje na principal base de recrutamento em Tel Hashomer, nos arredores de Tel Aviv, declarou ao site do jornal que eventualmente a nova situação "levará as fileiras do Exército todos os jovens" de sua comunidade.
Identificado como Matán, o jovem disse que sua intenção era alistar-se independentemente do que ocorra com a polêmica lei e pediu a seus colegas de seminário que sigam seus passos.
"É possível ir ao Exército e ao mesmo tempo estudar a Torá. Isso não serve como desculpa", esclareceu.