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Exército de Burkina Fasso promete transição de união

O novo chefe de Estado Isaac Zida prometeu incluir todas as forças nacionais nesta etapa de transição no país

O tenente Isaac Zida (e) encontra o líder opositor Zephirin Diabre na capital de Burkina Faso (REUTERS/Joe Penney)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 05h35.

Ouagadogou - O novo chefe de Estado de Burkina Fasso, o tenente-coronel, Isaac Zida, prometeu incluir todas as forças nacionais nesta etapa de transição no país, depois de a oposição política, a sociedade civil e organizações internacionais reivindicarem uma transição guiada por um líder civil.

"Todo mundo tem o desafio de contribuir para construção de nosso país no processo de transição, e podem estar seguros que ninguém será rejeitado", disse Zida em comunicado divulgado ontem à noite (hora local, madrugada desta segunda-feira no Brasil), proclamado novo líder de Burkina Fasso no sábado pelo exército.

Zida explicou que "após as eleições , o exército se retirará e dará espaço para uma etapa que nos permita sair desta difícil situação atual".

Nas palavras de Zida, que foi o número dois da guarda de Blaise Campaoré, "o poder não nos interessa, unicamente os interesses da nação, por isso o órgão de transição se estabelecerá por consenso".

"As Forças Armadas nacionais nunca quiseram interferir nas atividades políticas, e se hoje têm a liderança nesta etapa de transição é porque todas as forças da nação pediram que assumíssemos suas responsabilidades diante do caos que podia se estabelecer em nosso país", acrescentou.

Por sua vez, a oposição política e organizações da sociedade civil de Burkina Fasso realizaram ontem uma manifestação na capital, Ouagadogou, para exigir que o exército não roube a transição aberta após a renúncia de Blaise Compaoré, que presidia o país há 27 anos.

Os soldados enviaram veículos militares para aa cidade e dissolveram os protestos na Praça da Nação, epicentro das manifestações maciças que culminaram com o exílio de Compaoré na sexta-feira e a ascensão dos militares ao poder.

Uma pessoa morreu durante a tentativa de dispersão dos simpatizantes de oposição pelo exército, originada nas instalações da televisão estatal de Burkina Fasso.

Zida garantiu que "qualquer ato que possa atrapalhar o processo de transição será reprimido com força e firmeza".

O golpe de comando do exército foi visto com receio pela comunidade internacional desde as primeiras horas, o que foi manifestado abertamente pela missão conjunta das Nações Unidas, a União Africana (UA) e a Comissão da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao), deslocada para Burkina Fasso.

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"Todo mundo tem o desafio de contribuir para construção de nosso país no processo de transição, e podem estar seguros que ninguém será rejeitado", disse Zida em comunicado divulgado ontem à noite (hora local, madrugada desta segunda-feira no Brasil), proclamado novo líder de Burkina Fasso no sábado pelo exército.

Zida explicou que "após as eleições , o exército se retirará e dará espaço para uma etapa que nos permita sair desta difícil situação atual".

Nas palavras de Zida, que foi o número dois da guarda de Blaise Campaoré, "o poder não nos interessa, unicamente os interesses da nação, por isso o órgão de transição se estabelecerá por consenso".

"As Forças Armadas nacionais nunca quiseram interferir nas atividades políticas, e se hoje têm a liderança nesta etapa de transição é porque todas as forças da nação pediram que assumíssemos suas responsabilidades diante do caos que podia se estabelecer em nosso país", acrescentou.

Por sua vez, a oposição política e organizações da sociedade civil de Burkina Fasso realizaram ontem uma manifestação na capital, Ouagadogou, para exigir que o exército não roube a transição aberta após a renúncia de Blaise Compaoré, que presidia o país há 27 anos.

Os soldados enviaram veículos militares para aa cidade e dissolveram os protestos na Praça da Nação, epicentro das manifestações maciças que culminaram com o exílio de Compaoré na sexta-feira e a ascensão dos militares ao poder.

Uma pessoa morreu durante a tentativa de dispersão dos simpatizantes de oposição pelo exército, originada nas instalações da televisão estatal de Burkina Fasso.

Zida garantiu que "qualquer ato que possa atrapalhar o processo de transição será reprimido com força e firmeza".

O golpe de comando do exército foi visto com receio pela comunidade internacional desde as primeiras horas, o que foi manifestado abertamente pela missão conjunta das Nações Unidas, a União Africana (UA) e a Comissão da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao), deslocada para Burkina Fasso.

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