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Exército chinês evita recrutar "viciados em internet"

Estudos concluíram que o uso excessivo da internet pode causar graves danos cerebrais, comparáveis ao consumo de cocaína ou de álcool


	Exército chinês: dependência da internet é considera uma doença no país asiático
 (Getty Images/Divulgação)

Exército chinês: dependência da internet é considera uma doença no país asiático (Getty Images/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 07h10.

Pequim - O quartel do Exército de Libertação Popular (ELP) da província chinesa de Hebei (norte do país) acrescentou um novo controle em seu processo de seleção de novos recrutas para determinar se são viciados em internet ou em videogames.

O jornal "South China Morning Post" publicou nesta sexta-feira que esta inédita prova inscreve-se na "avaliação política" dos candidatos, que em geral examina afiliação política, origem e o das famílias e antecedentes criminais, entre outros.

"A dependência da internet poderia afetar gravemente o estudo e o trabalho de um soldado. As pessoas que têm este problema não podem ser nomeadas para cargos politicamente importantes no exército", explicou um oficial encarregado do processo de seleção.

O alto cargo, no entanto, não especificou como será a prova para determinar se o candidato sofre deste tipo de dependência.

De acordo com a Lei do Serviço Militar da China, todos os homens residentes no país entre 18 e 22 anos podem se alistar no exército, mas as autoridades costumam realizar exames físicos e psicológicos - entre eles últimos a "avaliação política", antes de os candidatos serem formalmente inscritos no ELP.

A dependência da internet é considera uma doença no país asiático, onde existem centros de reabilitação neste sentido (alguns deles suscitaram polêmicas no passado pelo uso de técnicas como o eletrochoque e a violência física).

Alguns estudos no país concluíram que o uso excessivo da internet pode causar graves danos cerebrais a um adolescente, comparáveis aos produzidos pelo consumo de cocaína ou de álcool. 

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