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Ex-deputado do Sudão do Sul anuncia criação de grupo armado

O ex-deputado, de etnia dinka, propôs a divisão do país em quatro eixos políticos e sociais que exerceriam o poder a cada oito ou dez anos

Soldados do Sudão do Sul: o movimento começará a luta armada contra o governo no estado central de Western Lakes (Goran Tomasevic/Reuters)

Soldados do Sudão do Sul: o movimento começará a luta armada contra o governo no estado central de Western Lakes (Goran Tomasevic/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de junho de 2017 às 15h15.

Juba - O ex-deputado do Parlamento do Sudão do Sul Abraham Majak Maliab anunciou neste domingo a formação da Frente Popular para a Reforma Democrática, um novo movimento rebelde armado, que pretende derrubar o governo presidido por Salva Kiir, qualificado de "corrupto e déspota".

Em comunicado, ele disse que quer "um novo sistema democrático que reúna todos os componentes do Sudão do Sul através da união de todas as forças e dos movimentos armados que lutam contra o governo em Juba".

O ex-deputado, de etnia dinka, propôs a divisão do país em quatro eixos políticos e sociais que exerceriam o poder a cada oito ou dez anos. Para ele, a iniciativa fomentaria a estabilidade política e a paz sustentável no país.

"O regime governamental injusto afetou as vidas de todos os cidadãos sem levar em conta a sua pertinência étnica e as suas convicções religiosas", afirmou.

O movimento começará a luta armada contra o governo no estado central de Western Lakes

Maliab renunciou no último dia 20 para mostrar objeção à continuidade da guerra e a deterioração da situação de segurança no país.

A Frente Popular para a Reforma Democrática é considerado o primeiro movimento a surgir no estado ocidental de Bahr el-Ghazal, onde a etnia dinka, à qual também pertence o presidente Kiir, é maioria.

A guerra no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013 depois que o presidente Salva Kiir, acusou o vice-presidente Riek Machar (da etnia rival nuer) de ter organizado um golpe de Estado contra ele, dois anos após o nascimento do país como Estado independente em 2011.

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