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Evo Morales defende seu salário como "o mais baixo de toda a América"

Questionado sobre aumento de 5,5% em sua remuneração, presidente da Bolívia lembrou que ganha o equivale a US$ 3.483 mensais

Morales: boliviano ressaltou que é o presidente latino-americano que "mais trabalha, mas ganha pouco" (Gaston Brito/Reuters)

Morales: boliviano ressaltou que é o presidente latino-americano que "mais trabalha, mas ganha pouco" (Gaston Brito/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de maio de 2018 às 21h58.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu nesta sexta-feira que seu salário como chefe de Estado, equivalente a US$ 3.483 mensais, "é o mais baixo de toda a América".

Morales fez este comentário durante um ato no centro do país, por conta de algumas críticas por ter aumentado seu salário um 5,5%, em consonância com o aumento do salário básico em vigor desde o último dia 1º de maio na Bolívia.

Neste sentido, ressaltou que é considerado como o presidente latino-americano que "mais trabalha, mas ganha pouco".

O governo boliviano divulgou uma lista comparativa de presidentes latino-americanos na qual Morales aparece na lanterna em relação ao valor do salário, longe dos US$ 19.300 mensais do presidente guatemalteco, Jimmy Morales, que lidera o ranking publicado pelo Executivo da Bolívia.

A esse respeito, argumentou que seu governo se rege não por dinheiro, mas pelo "interesse da pátria", e que este salário é inclusive menor de que quando era deputado, há mais de 12 anos, já que então ganhava o equivalente a US$ 3.600.

Neste ponto, lembrou que quando era deputado foi expulso do Congresso do seu país por defender uma diminuição dos salários dos políticos e chegou a ser chamado de "Bin Laden andino".

Além disso, indicou que seus antecessores na presidência recebiam até US$ 5.768 ao mês e foi ele quem rebaixou o valor até menos de US$ 3.500.

Morales promulgou na terça-feira passada, durante os atos do Dia do Trabalho, um decreto que estabelece para este ano um aumento salarial, retroativo a 1º de janeiro e obrigatório para as empresas, de 5,5% no salário básico e do 3% no mínimo, até o equivalente a US$ 296.

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