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Evo Morales acusa CNN de conspiração em caso de ex-namorada

O presidente da Bolívia acusou a emissora "CNN" de fazer parte de uma suposta "conspiração" contra seu governo para danificar sua imagem

Evo Morales: o líder boliviano argumentou que a emissora e o apresentador mexicano Fernando del Rincón cometeram pelo menos quatro crimes (Juan Carlos Ulate/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2016 às 18h13.

La Paz - O presidente da Bolívia , Evo Morales , acusou a emissora "CNN" de fazer parte de uma suposta "conspiração" contra seu governo para danificar sua imagem mediante o caso de sua ex-namorada, Gabriela Zapata, e a polêmica pelo filho que tiveram em 2007.

Em entrevista coletiva na residência presidencial em La Paz, o líder boliviano argumentou que a emissora e o apresentador mexicano Fernando del Rincón cometeram pelo menos quatro crimes ao entrevistarem uma criança que pessoas próximas de sua ex-namorada tentaram fingir ser filha de ambos.

Os supostos crimes são de "apologia pública de um crime, associação delitiva, encobrimento e cumplicidade", segundo acusou o governante.

Com dados da promotoria, Morales informou que a entrevista ocorreu no dia 5 de maio em um hotel em La Paz, mas que a criança apresentada tem cinco anos e não nove, a idade que teria o filho que teve com Zapata se estivesse vivo.

"Eu imagino que (o jornalista) se deu conta de que não era a criança procurada, que era uma criança falsa, ele sabia e não denunciou oportunamente", manifestou.

Morales acrescentou que se Del Rincón denunciasse a enganação sobre a criança "se livraria de todos os crimes", mas, segundo sua opinião, não fez nada porque a "CNN" é "um meio de comunicação" parte "da conspiração política" contra seu governo.

O procurador-geral, Ramiro Guerrero, anunciou há duas semanas que dois jornalistas da emissora serão chamados para depor sobre a entrevista feita com uma criança utilizada por Zapata para que se fizesse passar pelo filho do presidente.

Os pais da criança usada no episódio e três pessoas próximas de Zapata foram acusados pelo Ministério Público por terem participado do ato de levá-la à justiça por dizer ser filha do presidente.

Os acusados supostamente colaboraram com a ex-namorada de Morales para treinar uma criança de cinco anos para que declarasse perante uma juíza que era filha da mulher e do líder.

A polêmica sobre a criança começou em fevereiro, quando um jornalista divulgou que Morales e Zapata tiveram um relacionamento em 2007, do qual nasceu uma criança reconhecida legalmente pelo presidente.

O governante admitiu que teve um filho com a mulher, mas afirmou que a criança morreu pouco após o nascimento. A ex-namorada de Morales, que está detida em uma prisão desde fevereiro acusada de vários crimes, tinha dito que a criança estava viva, mas admitiu neste mês que morreu em 2009, embora não exista uma certidão de óbito.

O caso derivou uma investigação sobre suposto tráfico de influência a favor da empresa chinesa Camce, que fez contratos milionários com o Estado e da qual a ex-namorada de Morales era gerente comercial.

O governo acredita que toda a polêmica sobre o filho e o fato de os veículos de imprensa terem reproduzido o que Zapata dizia foi parte de uma "conspiração política midiática" para prejudicar o líder boliviano.

Morales afirmou nesta quinta-feira que o assunto está a cargo da promotoria, apesar de insistir que houve "cumplicidade" por parte da "CNN" e de Del Rincón ao não denunciarem a enganação sobre a criança.

"Que saibam o povo boliviano e os povos do mundo como a "CNN" conspira contra presidentes e governos anti-imperialistas. Eu disse sempre que a "CNN" é a porta-voz do império e lamento muito que alguns jornalistas se prestem a um jogo de conspiração política cometendo crimes", afirmou.

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Em entrevista coletiva na residência presidencial em La Paz, o líder boliviano argumentou que a emissora e o apresentador mexicano Fernando del Rincón cometeram pelo menos quatro crimes ao entrevistarem uma criança que pessoas próximas de sua ex-namorada tentaram fingir ser filha de ambos.

Os supostos crimes são de "apologia pública de um crime, associação delitiva, encobrimento e cumplicidade", segundo acusou o governante.

Com dados da promotoria, Morales informou que a entrevista ocorreu no dia 5 de maio em um hotel em La Paz, mas que a criança apresentada tem cinco anos e não nove, a idade que teria o filho que teve com Zapata se estivesse vivo.

"Eu imagino que (o jornalista) se deu conta de que não era a criança procurada, que era uma criança falsa, ele sabia e não denunciou oportunamente", manifestou.

Morales acrescentou que se Del Rincón denunciasse a enganação sobre a criança "se livraria de todos os crimes", mas, segundo sua opinião, não fez nada porque a "CNN" é "um meio de comunicação" parte "da conspiração política" contra seu governo.

O procurador-geral, Ramiro Guerrero, anunciou há duas semanas que dois jornalistas da emissora serão chamados para depor sobre a entrevista feita com uma criança utilizada por Zapata para que se fizesse passar pelo filho do presidente.

Os pais da criança usada no episódio e três pessoas próximas de Zapata foram acusados pelo Ministério Público por terem participado do ato de levá-la à justiça por dizer ser filha do presidente.

Os acusados supostamente colaboraram com a ex-namorada de Morales para treinar uma criança de cinco anos para que declarasse perante uma juíza que era filha da mulher e do líder.

A polêmica sobre a criança começou em fevereiro, quando um jornalista divulgou que Morales e Zapata tiveram um relacionamento em 2007, do qual nasceu uma criança reconhecida legalmente pelo presidente.

O governante admitiu que teve um filho com a mulher, mas afirmou que a criança morreu pouco após o nascimento. A ex-namorada de Morales, que está detida em uma prisão desde fevereiro acusada de vários crimes, tinha dito que a criança estava viva, mas admitiu neste mês que morreu em 2009, embora não exista uma certidão de óbito.

O caso derivou uma investigação sobre suposto tráfico de influência a favor da empresa chinesa Camce, que fez contratos milionários com o Estado e da qual a ex-namorada de Morales era gerente comercial.

O governo acredita que toda a polêmica sobre o filho e o fato de os veículos de imprensa terem reproduzido o que Zapata dizia foi parte de uma "conspiração política midiática" para prejudicar o líder boliviano.

Morales afirmou nesta quinta-feira que o assunto está a cargo da promotoria, apesar de insistir que houve "cumplicidade" por parte da "CNN" e de Del Rincón ao não denunciarem a enganação sobre a criança.

"Que saibam o povo boliviano e os povos do mundo como a "CNN" conspira contra presidentes e governos anti-imperialistas. Eu disse sempre que a "CNN" é a porta-voz do império e lamento muito que alguns jornalistas se prestem a um jogo de conspiração política cometendo crimes", afirmou.

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