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EUA veem combate às drogas como anticapitalista, diz Morales

Morales opinou que os EUA dizem que a Bolívia está "mal na luta contra o narcotráfico" porque seu governo é "anticapitalista e anti-imperialista"

Bolívia: Morales opinou que os EUA dizem que a Bolívia está "mal na luta contra o narcotráfico" porque seu governo é "anticapitalista e anti-imperialista" (David Mercado / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 12h44.

La Paz - O presidente da Bolívia , Evo Morales , afirmou nesta terça-feira que o governo dos Estados Unidos mantém seu país na lista de nações que não cumprem com os compromissos de combate ao tráfico de drogas porque ele é um líder "anticapitalista".

Em um evento na região de Cochabamba, no centro do país, Morales opinou que os Estados Unidos dizem que a Bolívia está "mal na luta contra o narcotráfico" porque seu governo é "anticapitalista e anti-imperialista".

"Para que fossemos aprovados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, teríamos que ser um governo e ter um presidente pró-imperialista, pró-capitalista", afirmou o líder boliviano.

Morales respondeu dessa forma à decisão do governo dos Estados Unidos de manter seu país, a Venezuela e Mianmar dentro da lista de nações que não cumpriram com seus compromissos contra o tráfico e a produção de drogas nos últimos 12 meses.

O presidente dos EUA, Barack Obama, enviou na segunda-feira ao Congresso de seu país uma notificação sobre os países produtores e de trânsito de drogas ilícitas que "falharam manifestamente no cumprimento de seus compromissos internacionais".

A lista completa de países aos quais os Estados Unidos classificam de "grandes" produtores e de local passagem de drogas é formada por Afeganistão, Bahamas, Belize, Bolívia, Mianmar, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Índia, Jamaica, Laos, México, Nicarágua, Paquistão, Panamá, Peru e Venezuela.

Não houve mudanças neste grupo de países nos últimos anos.

Morales afirmou que não lhe "assusta" que Washington inclua a Bolívia em sua lista porque, segundo ele, "o mundo sabe" que o modelo de luta contra o narcotráfico de seu governo funciona "melhor sem a presença americana".

O líder boliviano mencionou que as Nações Unidas e a União Europeia "parabenizam e reconhecem o esforço" que seu país realiza na luta contra o narcotráfico sem apoio da DEA, a agência antidrogas dos EUA, e dos recursos econômicos do governo americano em território boliviano.

Morales afirmou que existem na América Latina alguns países que são "pró-imperialistas e que nunca cumpriram com os tratados internacionais" de combate ao narcotráfico, onde os Estados Unidos têm bases militares e fornece financiamento para a luta contra as drogas, sem maiores resultados.

Bolívia, Colômbia e Peru são os principais produtores mundiais de folha de coca e de seu derivado ilegal, a cocaína.

Morales acusou várias vezes os EUA de usarem a luta contra o narcotráfico com fins geopolíticos.

O líder boliviano expulsou de seu país em 2008 o então embaixador dos EUA, Philip Goldberg, e a DEA, sob a acusação de que conspiravam contra seu governo, algo que Washington sempre negou. EFE

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La Paz - O presidente da Bolívia , Evo Morales , afirmou nesta terça-feira que o governo dos Estados Unidos mantém seu país na lista de nações que não cumprem com os compromissos de combate ao tráfico de drogas porque ele é um líder "anticapitalista".

Em um evento na região de Cochabamba, no centro do país, Morales opinou que os Estados Unidos dizem que a Bolívia está "mal na luta contra o narcotráfico" porque seu governo é "anticapitalista e anti-imperialista".

"Para que fossemos aprovados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, teríamos que ser um governo e ter um presidente pró-imperialista, pró-capitalista", afirmou o líder boliviano.

Morales respondeu dessa forma à decisão do governo dos Estados Unidos de manter seu país, a Venezuela e Mianmar dentro da lista de nações que não cumpriram com seus compromissos contra o tráfico e a produção de drogas nos últimos 12 meses.

O presidente dos EUA, Barack Obama, enviou na segunda-feira ao Congresso de seu país uma notificação sobre os países produtores e de trânsito de drogas ilícitas que "falharam manifestamente no cumprimento de seus compromissos internacionais".

A lista completa de países aos quais os Estados Unidos classificam de "grandes" produtores e de local passagem de drogas é formada por Afeganistão, Bahamas, Belize, Bolívia, Mianmar, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Índia, Jamaica, Laos, México, Nicarágua, Paquistão, Panamá, Peru e Venezuela.

Não houve mudanças neste grupo de países nos últimos anos.

Morales afirmou que não lhe "assusta" que Washington inclua a Bolívia em sua lista porque, segundo ele, "o mundo sabe" que o modelo de luta contra o narcotráfico de seu governo funciona "melhor sem a presença americana".

O líder boliviano mencionou que as Nações Unidas e a União Europeia "parabenizam e reconhecem o esforço" que seu país realiza na luta contra o narcotráfico sem apoio da DEA, a agência antidrogas dos EUA, e dos recursos econômicos do governo americano em território boliviano.

Morales afirmou que existem na América Latina alguns países que são "pró-imperialistas e que nunca cumpriram com os tratados internacionais" de combate ao narcotráfico, onde os Estados Unidos têm bases militares e fornece financiamento para a luta contra as drogas, sem maiores resultados.

Bolívia, Colômbia e Peru são os principais produtores mundiais de folha de coca e de seu derivado ilegal, a cocaína.

Morales acusou várias vezes os EUA de usarem a luta contra o narcotráfico com fins geopolíticos.

O líder boliviano expulsou de seu país em 2008 o então embaixador dos EUA, Philip Goldberg, e a DEA, sob a acusação de que conspiravam contra seu governo, algo que Washington sempre negou. EFE

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