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EUA pagaram US$ 7 mi para capturar líder de ataque em Benghazi

Khattala é acusado de orquestrar o ataque contra o consulado dos EUA em Benghazi em setembro de 2012

Ataque contra consulado dos EUA em Benghazi, em 2012: o ataque representa o 1º assassinato de um embaixador americano em atividade desde 1979 (Esam Al-Fetori/Reuters)

Ataque contra consulado dos EUA em Benghazi, em 2012: o ataque representa o 1º assassinato de um embaixador americano em atividade desde 1979 (Esam Al-Fetori/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 15h56.

Washington - O governo dos Estados Unidos pagou US$ 7 milhões por informações que permitiram capturar o líbio Ahmed Abu Khattala, acusado de liderar em 2012 o ataque contra o consulado americano em Benghazi e que começou a ser julgado nesta segunda-feira em um tribunal do distrito de Columbia.

O promotor do caso, John Crabb, revelou em uma audiência a "recompensa" paga pelos EUA para um homem, identificado como Ali, que informou sobre os movimentos de Khattala, preso em 2014.

Khattala é acusado de orquestrar o ataque contra o consulado dos EUA em Benghazi em setembro de 2012.

Na ação morreram vários líbios, o embaixador dos EUA no país, Chris Stevens, o diplomata Sean Smith e dois funcionários da CI, Tyrone B. Woods e Glen Doherty.

O ataque representa o primeiro assassinato de um embaixador americano em atividade desde 1979.

Quase dois anos depois do ataque, em 15 de junho de 2014, Khattala foi capturado em Benghasi em uma operação secreta das forças especiais dos EUA. Ele foi levado para um navio da Marinha americana e foi interrogado por 13 dias.

Crabb revelou hoje que tudo isso foi possível graças a Ali, homem cuja identidade era desconhecida até o momento.

"Nosso governo pediu a Ali que ganhasse a confiança de Khattala e que conhecesse todos os seus movimentos", disse o promotor.

Segundo o governo americano, Ali reuniu todos os tipos de informações sobre Khattala, até onde ele dormia e como vivia. Por isso, ele foi capaz de levar o autor do ataque em junho de 2014 a um pequeno imóvel perto da praia. Lá, as tropas americanas capturaram o acusado e o levaram para um navio militar que ia para os EUA.

"Ali é a testemunha que ajudou a capturar Abu Khattala. Ele não poderia ter sido capturado se não fosse por Ali", admitiu Crabb.

A promotoria quer que Ali testemunhe durante o julgamento e conte as diferentes conversas que teve com Khattala. Nos diálogos, o acusado falava sobre seu papel no atentado contra o consulado.

O advogado de defesa do acusado, Jeffrey Robinson, tentou desacreditar o testemunho de Ali e sugeriu que ele entregou Khattala só para ficar com a recompensa.

A previsão é que o julgamento dure mais de um mês, por causa dos depoimentos de agentes do FBI e funcionários do consulado americano que sobreviveram ao ataque.

O atentado se tornou uma ferramenta dos republicanos para criticar o então presidente Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton.

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