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EUA: Hezbollah pode atacar na Europa 'a qualquer momento'

''Nossa avaliação é que o Hezbollah e o Irã continuarão mantendo um alto nível de atividade terrorista em suas operações em um futuro próximo'', disse Daniel Benjamin


	Manifestação com bandeiras palestinas e do Hezbollah: Os Estados Unidos acusam ainda o Irã de apoiar o Hezbollah com armamentos e explosivos
 (©AFP/File / Adam Jan)

Manifestação com bandeiras palestinas e do Hezbollah: Os Estados Unidos acusam ainda o Irã de apoiar o Hezbollah com armamentos e explosivos (©AFP/File / Adam Jan)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 19h39.

Washington - Os Estados Unidos temem que o grupo libanês Hezbollah esteja planejando fazer atentados na Europa ''a qualquer momento'' e se preocupam especialmente com o sul do continente, alertou nesta sexta-feira o coordenador de antiterrorismo do Departamento de Estado, Daniel Benjamin.

''Nossa avaliação é que o Hezbollah e o Irã continuarão mantendo um alto nível de atividade terrorista em suas operações em um futuro próximo, e achamos que o Hezbollah poderia atacar na Europa e em outros lugares a qualquer momento e com pouco ou nenhum aviso'', disse Benjamin em uma conferência telefônica com jornalistas.

''Hezbollah mantém presença na Europa, e suas atividades recentes demonstram que o grupo não está constrangido por preocupações sobre os efeitos colaterais ou divisões políticas que possam resultar de fazer operações nesse continente'', afirmou o funcionário.

Benjamin apontou particularmente o sul do continente europeu como área de atividade preferida pelo grupo xiita libanês, que foi incluído hoje pelo Departamento do Tesouro dos EUA nas sanções contra o regime sírio devido a seu apoio na repressão contra os insurgentes.

''As atividades do Hezbollah nos últimos meses não se limitaram em absoluto à Síria'', assegurou Benjamin, que descreveu planos do grupo para atacar na Tailândia e na Bulgária.

''Relatórios de imprensa sobre a prisão de um membro do Hezbollah no Chipre em julho de 2012 sugerem que o grupo estava preparando outros ataques no sul da Europa'', advertiu.


Por outro lado, os EUA não temem ataques em seu próprio território, já que não detectaram ''nenhuma atividade operacional do grupo no país'', assinalou Benjamin.

No entanto, alertou que se trata de ''um grupo muito ambicioso com um alcance global'', que poderia acarretar mais ações violentas à medida que as sanções internacionais pressionem seus apoios no Irã e na Síria.

''Hezbollah acredita que houve campanhas sustentadas de Israel e do Ocidente contra o grupo e seus principais apoios no Irã e na Síria nos últimos anos, e não parece que essa percepção vá mudar'', explicou o funcionário.

O grupo xiita nasceu na década de 1980 da Guarda Revolucionária iraniana, embora tenha sido a Síria - que regeu durante 30 anos a política libanesa - que permitiu sua consolidação e contribuiu para que se transformasse em um bem-sucedido grupo de resistência contra a ocupação israelense.

Os Estados Unidos acusam ainda o Irã de apoiar o Hezbollah com armamentos e explosivos, bem como com apoio diplomático, logístico e monetário, e de utilizar a milícia libanesa como ferramenta para estimular a repressão na Síria.

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