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Pence diz que EUA não fizeram concessões à Coreia do Norte

O convite "é evidência de que a estratégia do presidente Trump para isolar o regime de Kim está funcionando", disse Mike Pence

Trump: nesta quinta-feira, Donald Trump concordou em se encontrar com Kim (Leah Millis/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de março de 2018 às 12h27.

Última atualização em 9 de março de 2018 às 15h49.

Washington - O vice-presidente dos Estados Unidos , Mike Pence, garantiu nesta sexta-feira que seu governo não fez "nenhuma concessão" para fazer com que a Coreia do Norte aceitasse negociar, e atribuiu esse avanço à estratégia do presidente americano, Donald Trump , para "isolar" o regime norte-coreano.

"Os norte-coreanos vão à mesa de negociação, apesar de os Estados Unidos não terem feito nenhuma concessão, e que, trabalhando ao lado de nossos aliados, conseguimos aumentar constantemente a pressão sobre o regime de Kim" (Jong-un), disse Pence em comunicado.

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"O desejo da Coreia do Norte de se reunir para discutir sobre a desnuclearização, ao mesmo tempo em que suspende todos os testes nucleares e de mísseis, demonstra que a estratégia do presidente Trump para isolar o regime de Kim está funcionando", argumentou Pence.

O vice-presidente se pronunciou dessa forma um dia depois que o governo sul-coreano anunciou que Trump e Kim se reuniriam antes do fim de maio, o que pode ser o primeiro encontro frente a frente da história entre os líderes de Estados Unidos e Coreia do Norte.

"Nossa determinação é firme e nossa política continua sendo a mesma: todas as sanções seguem de pé e a campanha de pressão máxima continuará até que a Coreia do Norte dê passos concretos, permanentes e verificáveis para acabar com seu programa nuclear", afirmou Pence.

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse hoje no Djibuti que acredita que ainda levará "algumas semanas" para marcar a reunião entre Trump e Kim, e que ele acredita que ainda é cedo para manter "negociações", mas não para "conversar" com a Coreia do Norte.

O anúncio sobre a reunião foi feito pelo chefe do Escritório de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, que se reuniu com Trump na Casa Branca para transmitir a mensagem que recebeu de Kim Jong-un na segunda-feira.

Alguns veículos de imprensa chegaram a informar que Chung Eui-yong tinha entregado a Trump uma carta de Kim solicitando a reunião, mas fontes da Casa Branca negaram na noite de quinta-feira a existência dessa carta, e asseguraram que o funcionário sul-coreano transmitiu verbalmente a Trump as intenções do líder norte-coreano.

Chung também disse que a Coreia do Sul, os EUA e os outros aliados manterão "a pressão" diplomática e econômica "até que a Coreia do Norte cumpra suas palavras com ações concretas".

 

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