EUA e Reino Unido abatem 21 drones e mísseis disparados do Iêmen
Resposta ocorreu uma semana depois de países, liderados pelos Estados Unidos, alertarem os Houthis sobre consequências dos seus ataques contra navios comerciais
Agência de notícias
Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 06h46.
As forças dos Estados Unidos e do Reino Unido abateram nesta terça-feira 18 drones e três mísseis que foram lançados pelos rebeldes Houthi do Iêmen em direção às rotas marítimas internacionais no Mar Vermelho, relataram os militares dos EUA.
"Os houthis apoiados pelo Irã lançaram um ataque complexo usando veículos aéreos não tripulados de ataque unidirecional projetados pelo Irã... e um míssil balístico antinavio a partir de áreas do Iêmen controladas pelos houthis", disse o Comando Central dos EUA em um comunicado (Centcom).
O ataque ocorreu uma semana depois de 12 países, liderados pelos Estados Unidos, alertarem os Houthis sobre as consequências dos seus ataques se não parassem imediatamente de disparar contra navios comerciais.
O presidente equatoriano Daniel Noboa declarou estado de emergência após a fuga da prisão de um perigoso chefe do narcotráfico. Tiros soaram ao vivo na TV no Equador quando homens armados portando fuzis e granadas invadiram o estúdio — Foto: Marcos PIN / AFP
Os rebeldes afirmam que realizam estas ações em apoio aos palestinos em Gaza, onde Israel declarou guerra ao grupo islâmico Hamas. Os drones e mísseis foram abatidos na terça-feira por caças F/A-18 operando a partir do porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower, um destróier britânico e três destróieres americanos, explicou o Centcom, afirmando que não houve relatos de feridos ou danos.
Os Estados Unidos criaram no mês passado uma força naval multinacional para proteger a navegação no Mar Vermelho dos ataques Houthi, que colocam em perigo uma rota marítima através da qual transita até 12% do comércio mundial.
A última rodada de conflito entre Israel e o Hamas começou quando o grupo islâmico palestino realizou um ataque a partir de Gaza, em 7 de outubro, que matou cerca de 1.140 pessoas, segundo um cálculo da AFP baseado em números israelenses.
Após o ataque, os Estados Unidos enviaram ajuda militar a Israel, que levou a cabo uma retaliação implacável em Gaza, na qual morreram pelo menos 23.210 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.
Estas mortes provocaram uma indignação generalizada no Médio Oriente e alimentaram ataques de grupos armados anti-Israel em toda a região. As forças dos EUA no Iraque e na Síria também têm sido repetidamente alvo de ataques de drones e foguetes que, segundo Washington, são obra de grupos armados apoiados pelo Irão.