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EUA e outros 12 países exigem trégua na Líbia

Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e outros dez países exigiram cessar-fogo imediato na Líbia, que não consegue concluir transição política

Coluna de fumaça é vista durante confrontos entre milícias em Trípoli, Líbia (Mahmud Turkia/AFP)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 11h19.

Nova York - Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e outros dez países, assim como ONU e União Europeia, exigiram nesta segunda-feira um "cessar-fogo imediato" na Líbia , país submerso no caos e incapaz de concluir o processo de transição política.

Reunidos em um grande hotel de Nova York antes da Assembleia Geral da ONU, os ministros de Relações Exteriores dos treze países destacaram que "não há uma solução militar para o conflito" na Líbia, onde dois governos e dois Parlamentos disputam a legitimidade política.

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Os 13 países - entre eles Itália, Egito, Argélia e Emirados Árabes Unidos - "pedem a todas as partes (em conflito) que aceitem um cessar-fogo imediato e completo."

A reunião foi organizada pelo secretário americano de Estado, John Kerry, "para dar um pouco de coerência à resposta da comunidade internacional ao que ocorre na Líbia", revelou um diplomata americano.

Segundo o diplomata, a Argélia, que compartilha uma longa fronteira com a Líbia, aceitou sediar nas próximas semanas conversações sobre a crise líbia visando acertar uma trégua.

"Será um processo difícil, mas todo mundo reconhece que a comunidade internacional deveria ter feito mais após a queda de Khadafi", em outubro de 2011, estimou o diplomata americano.

"É nossa responsabilidade fazer tudo para restabelecer a paz", argumentou o diplomata.

Mais cedo nesta segunda-feira, a missão das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) defendeu a realização de uma reunião no dia 29 de setembro para tentar acabar com a anarquia institucional.

Na noite desta segunda, o premier líbio, Abdullah Thani, obteve a aprovação do Parlamento para seu novo gabinete, composto por 13 ministros.

Thani e o Parlamento eleito em junho e reconhecido internacionalmente se encontram em uma espécie de exílio interno na cidade de Tobruk, no leste, devido à violência generalizada no país e na capital Trípoli, em particular, onde grupos milicianos opositores estabeleceram uma administração paralela.

O premier foi encarregado, no início de setembro, de formar um novo gabinete, após demitir em agosto o gabinete interino.

O novo gabinete está integrado por 13 ministros e três vice-primeiros-ministros.

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