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EUA e Israel divergem sobre questão nuclear iraniana

Governo israelense pede desmantelamento enquanto os norte-americanos sugerem que a aplicação de salvaguardas poderia mostrar que o programa é pacífico

Benjamin Netanyahu: "o Irã não pode ter a capacidade para armamento nuclear, o que significa que eles não deveriam ter centrífugas para enriquecimento" (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 13h29.

Roma - Autoridades dos Estados Unidos e de Israel divergiram nesta quarta-feira sobre o programa nuclear iraniano, com o governo israelense pedindo o seu desmantelamento enquanto os norte-americanos sugeriram que a aplicação de salvaguardas poderia mostrar que o programa é pacífico e sem objetivos militares.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deram as declarações num momento em que iniciavam conversações divulgadas ostensivamente como sendo sobre as negociações de paz-palestino-israelenses, mas que provavelmente serão ofuscadas pela questão iraniana.

"O Irã não pode ter a capacidade para armamento nuclear, o que significa que eles não deveriam ter centrífugas para enriquecimento, eles não deveriam ter uma planta de água pesada para plutônio, que somente é usada para armas nucleares", disse Netanyahu a repórteres.

"Eles deveriam se livrar do material físsil (que acumularam) e eles não deveriam ter instalações nucleares subterrâneas, que são subterrâneas por um único motivo: para propósitos militares", acrescentou. O premiê israelense qualificou o programa nuclear do Irã como o problema mais importante para a segurança da região.

O Irã afirma que está enriquecendo urânio somente para produção de eletricidade e para uso médico, não para armas nucleares.

Kerry, cujos assessores estão buscando soluções diplomáticas para o controle da atividade nuclear iraniana, adotou uma posição diferente da exposta por Netanyahu ao sugerir que o Irã poderia demonstrar que seu programa é pacífico aderindo aos padrões internacionais seguidos por outras nações.


"Nós vamos buscar uma iniciativa diplomática, mas com os olhos bem abertos, conscientes de que será vital para o Irã cumprir os padrões que outras nações com programas nucleares seguem, provando que esses programas são de fato pacíficos", declarou Kerry no início de um encontro com o líder israelense na residência do embaixador norte-americano em Roma.

"Padrão claro como cristal"

"Nós vamos precisar saber que ações estão sendo adotadas que tornam claro como cristal, inegavelmente claro, à prova de falhas, para o mundo, de que qualquer que seja o programa ele seja de fato um programa pacífico", afirmou Kerry à imprensa.

Seis potências mundiais mantiveram na semana passada conversações com o Irã em Genebra para averiguar se uma solução diplomática poderia ser alcançada, nas primeiras negociações do tipo desde que a eleição do presidente iraniano Hassan Rouhani, em junho, abriu a possibilidade de um acordo após anos de crescente confronto.

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O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deram as declarações num momento em que iniciavam conversações divulgadas ostensivamente como sendo sobre as negociações de paz-palestino-israelenses, mas que provavelmente serão ofuscadas pela questão iraniana.

"O Irã não pode ter a capacidade para armamento nuclear, o que significa que eles não deveriam ter centrífugas para enriquecimento, eles não deveriam ter uma planta de água pesada para plutônio, que somente é usada para armas nucleares", disse Netanyahu a repórteres.

"Eles deveriam se livrar do material físsil (que acumularam) e eles não deveriam ter instalações nucleares subterrâneas, que são subterrâneas por um único motivo: para propósitos militares", acrescentou. O premiê israelense qualificou o programa nuclear do Irã como o problema mais importante para a segurança da região.

O Irã afirma que está enriquecendo urânio somente para produção de eletricidade e para uso médico, não para armas nucleares.

Kerry, cujos assessores estão buscando soluções diplomáticas para o controle da atividade nuclear iraniana, adotou uma posição diferente da exposta por Netanyahu ao sugerir que o Irã poderia demonstrar que seu programa é pacífico aderindo aos padrões internacionais seguidos por outras nações.


"Nós vamos buscar uma iniciativa diplomática, mas com os olhos bem abertos, conscientes de que será vital para o Irã cumprir os padrões que outras nações com programas nucleares seguem, provando que esses programas são de fato pacíficos", declarou Kerry no início de um encontro com o líder israelense na residência do embaixador norte-americano em Roma.

"Padrão claro como cristal"

"Nós vamos precisar saber que ações estão sendo adotadas que tornam claro como cristal, inegavelmente claro, à prova de falhas, para o mundo, de que qualquer que seja o programa ele seja de fato um programa pacífico", afirmou Kerry à imprensa.

Seis potências mundiais mantiveram na semana passada conversações com o Irã em Genebra para averiguar se uma solução diplomática poderia ser alcançada, nas primeiras negociações do tipo desde que a eleição do presidente iraniano Hassan Rouhani, em junho, abriu a possibilidade de um acordo após anos de crescente confronto.

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