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Remy Sharp
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EUA acusam Universidade de Yale de discriminar brancos e asiáticos

Universidade negou "categoricamente" as acusações e afirmou que suas práticas de admissão respeitam as normas vigentes

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Yale: Departamento de Justiça dos EUA denunciou universidade por discriminação contra asiáticos e brancos em processos de admissão (Ragesoss/Wikimedia Commons)

Yale: Departamento de Justiça dos EUA denunciou universidade por discriminação contra asiáticos e brancos em processos de admissão (Ragesoss/Wikimedia Commons)

A
AFP

Publicado em 13 de agosto de 2020 às, 22h28.

O Departamento de Justiça americano acusou hoje a Universidade de Yale de violar a lei de direitos civis ao discriminar candidatos brancos e de origem asiática.

A acusação, que Yale considerou "sem mérito", foi feita após uma investigação de dois anos sobre o processo de admissão de estudantes na renomada Universidade Ivy League, localizada em New Haven, Connecticut.

A Suprema Corte americana determinou que as universidades podem levar em conta a ascendência de um solicitante em seu processo de admissão, mas o Departamento informou que isto deve ocorrer "em circunstâncias limitadas, como um dos fatores a serem levados em conta".

"O Departamento de Justiça descobriu que o uso da raça em Yale é tudo, menos limitado", e foi usado em várias etapas do seu processo de admissão, afirma o órgão. Os americanos de origem asiática e os brancos "têm apenas entre um décimo e um quarto de chance de serem admitidos diante de candidatos negros que tenham um currículo acadêmico semelhante".

O vice-secretário de Justiça, Eric Dreiband, assinalou que "não existe uma forma agradável de discriminação racial, e a divisão ilegal dos americanos em blocos raciais e étnicos fomenta estereótipos, rancor e divisão".

O governo Trump iniciou uma investigação sobre Yale há dois anos, após uma denúncia feita por um grupo de americanos de origem asiática de violação da lei de 1964 que proíbe a discriminação por raça, cor e origem por parte de destinatários de fundos federais.

O resultado da investigação poderia ter impacto nas políticas criadas pelas universidades para dar representação aos grupos marginalizados. O Departamento de Justiça solicitou que Yale concorde em não usar os critérios raça e ascendência em seu ciclo de admissões de graduação 2020-2021.

A universidade negou "categoricamente" as acusações e afirmou que suas práticas de admissão respeitam as normas vigentes: "Estamos orgulhosos das práticas de Yale e não iremos alterá-las com base em uma acusação tão apressada e sem mérito."

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