Batalha por Mosul: guerra contra EI entra em fase decisiva
O governo do Iraque anunciou o início da maior campanha militar na luta contra o grupo e que tem como objetivo libertar 1,5 milhão de pessoas em Mosul
Gabriela Ruic
Publicado em 18 de outubro de 2016 às 11h51.
São Paulo – Após meses de preparação, o Iraque deu início nesta manhã a ofensiva mais importante desde o início da guerra contra o Estado Islâmico : a batalha por Mosul, a segunda maior cidade do país que está sob controle dos extremistas desde junho de 2014.
Organizada com o auxílio do exército dos Estados Unidos com o apoio de ataques aéreos da coalizão, a operação para libertar a cidade de 1,5 milhão de pessoas contará com o protagonismo do exército do Iraque , que atuará em terra em conjunto com forças curdas e milícias populares.
Relevância da batalha
Segundo a Reuters, foram reunidos ao menos 30 mil combatentes para combater um número estimado de até 7 mil extremistas. A expectativa é que a batalha dure algumas semanas e vem sendo considerada por autoridades dos EUA como a maior operação militar em curso no Iraque desde a invasão americana em 2003.
Para o Iraque, a batalha é também a chance de reverter a derrota vergonhosa sofrida há dois anos, quando soldados do país abandonaram os seus postos, entregando a cidade aos extremistas do EI.
Já para os militantes do grupo, o domínio da cidade é simbólico e estratégico. Em 2014, foi na principal mesquita de Mosul que o líder do grupo Abu Bakr al-Baghdadi proclamou o estabelecimento do califado na Síria e no Iraque.
É ainda onde o grupo concentrou os maiores campos de treinamento e onde arrecada mais dinheiro por meio de impostos e taxas recolhidos da população. Perder Mosul, portanto, será um duro golpe na habilidade de o EI se organizar.
Crise humanitária
De acordo com números atuais da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Iraque tem hoje uma população internamente deslocada de 3,3 milhões de pessoas e ao menos 238 mil buscaram refúgio em países vizinhos em razão da violência que assola o país.
Em Mosul, novo palco da ofensiva contra o EI, ao menos 1,5 milhão de pessoas encontram-se no fogo cruzado e entidades humanitárias temem que um novo capítulo dessa crise humanitária comece a se desenrolar.
A ONU informou que está se preparando para as consequências que virão com o fim da campanha. Nos últimos dias, o exército iraquiano lançou sobre a cidade folhetos nos quais orientavam os civis que permanecessem em suas casas enquanto a operação estiver em curso.
Para Conselho Norueguês de Refugiados, organização humanitária independente que está atuando no Iraque, os civis em Mosul estão “em grave perigo”. A entidade informou que os campos de emergência localizados nos arredores de Mosul possam acomodar 60 mil pessoas. Entretanto, estima que ao menos 200 mil tentem deixar a cidade nos próximos dias.
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Relevância da batalha
Segundo a Reuters, foram reunidos ao menos 30 mil combatentes para combater um número estimado de até 7 mil extremistas. A expectativa é que a batalha dure algumas semanas e vem sendo considerada por autoridades dos EUA como a maior operação militar em curso no Iraque desde a invasão americana em 2003.
Para o Iraque, a batalha é também a chance de reverter a derrota vergonhosa sofrida há dois anos, quando soldados do país abandonaram os seus postos, entregando a cidade aos extremistas do EI.
Já para os militantes do grupo, o domínio da cidade é simbólico e estratégico. Em 2014, foi na principal mesquita de Mosul que o líder do grupo Abu Bakr al-Baghdadi proclamou o estabelecimento do califado na Síria e no Iraque.
É ainda onde o grupo concentrou os maiores campos de treinamento e onde arrecada mais dinheiro por meio de impostos e taxas recolhidos da população. Perder Mosul, portanto, será um duro golpe na habilidade de o EI se organizar.
Crise humanitária
De acordo com números atuais da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Iraque tem hoje uma população internamente deslocada de 3,3 milhões de pessoas e ao menos 238 mil buscaram refúgio em países vizinhos em razão da violência que assola o país.
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Para Conselho Norueguês de Refugiados, organização humanitária independente que está atuando no Iraque, os civis em Mosul estão “em grave perigo”. A entidade informou que os campos de emergência localizados nos arredores de Mosul possam acomodar 60 mil pessoas. Entretanto, estima que ao menos 200 mil tentem deixar a cidade nos próximos dias.
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