MANIFESTANTES A FAVOR DE ERDOGAN: presidente defende volta da pena de morte com o argumento de ouvir as ruas / Alkis Konstantinidis/ Reuters
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2016 às 18h59.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h43.
A convenção republicana
Teve início nesta segunda-feira a convenção do Partido Republicano, que vai até quinta-feira 21, em Cleveland, no estado de Ohio. O encontro deve oficializar o magnata Donald Trump como candidato republicano à Presidência — um ano após o anúncio de sua candidatura e quatro meses depois do início das primárias. Durante as discussões, os quase 2.500 delegados republicanos decidirão o posicionamento do partido na campanha em relação a educação, política externa e temáticas sociais.
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Trump e Pence: início esquisito
Na convenção partidária, os republicanos também oficializarão seu apoio ao governador de Indiana, Mike Pence, escolhido por Trump na última semana como vice em sua chapa. No domingo 17, horas antes da abertura do encontro, a dupla presidenciável concedeu a primeira entrevista conjunta — o suficiente para trazer à tona possíveis divergências entre eles. Falando à rede de TV CBS, Trump cortou falas de Pence durante grande parte da entrevista. Um dos momentos mais constrangedores foi quando o magnata defendeu o apoio de Pence à invasão americana no Iraque, ainda que tenha criticado a democrata Hillary Clinton pelo mesmo motivo. Ainda assim, Pence reiterou que, embora seja “óbvia” a diferença nos estilos de ambos, suas visões “são exatamente as mesmas”.
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Pena de morte na Turquia?
Após a tentativa de golpe militar na Turquia na última sexta-feira 15, o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que poderá considerar a volta da pena de morte — abolida em 2004 como umas das reformas necessárias para as negociações da entrada dos turcos na União Europeia. Depois de os protestos pedirem a medida, Erdogan afirmou que a decisão deverá ser tomada “com base no que as pessoas dizem” e que o Parlamento deverá discutir o tema rapidamente, pois “aqueles que tentam um golpe devem pagar por isso”. Até agora quase 9.000 agentes federais foram removidos de seu posto por suposta participação no golpe — entre o quais 8.000 membros das forças de segurança. A União Europeia e os Estados Unidos criticaram as perseguições de Erdogan.
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Descobertas em Nice
Investigações da polícia francesa mostram que o responsável pela morte de 84 pessoas na última quinta-feira em Nice planejou o ataque com antecedência e pesquisou informações sobre o atentado à boate gay Pulse, em Orlando. Antes de atirar um caminhão contra a multidão que assistia às comemorações da Queda da Bastilha, o tunisiano Mohamed Bouhlel teria dito a conhecidos que deixara a barba crescer por motivos religiosos e que não entendia por que o Estado Islâmico não poderia ter o próprio território. Na noite deste domingo 17, foi confirmada a morte da brasileira Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, de 30 anos, que estava desaparecida desde o atropelamento. Sua filha Kayla, de 6 anos, também morreu em decorrência dos ferimentos.
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Doping na Rússia
O esquema de doping na Rússia não beneficiou apenas o atletismo — como se pensava até então —, mas também uma série de outros esportes, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). As investigações mostram que o sistema transformava resultados positivos de doping em negativos por meio da troca de amostras de urina, sob supervisão do vice-ministro do Esporte russo, Yuri Nagornykh. O modelo de alteração de resultados começou em 2010 e durou até a edição de 2014 dos Jogos Olímpicos de Inverno, que ocorreram na cidade russa de Sochi.
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Maior negócio pós-Brexit
O banco japonês SoftBank anunciou nesta segunda-feira a compra da criadora de chips ARM por 24,3 bilhões de libras — o equivalente a 32 bilhões de dólares. Dona do maior valor de mercado entre as empresas de tecnologia britânicas, a ARM fabrica componentes usados em equipamentos da Samsung, Huawei e Apple. O negócio é o maior da história do SoftBank — que já adquiriu empresas como a e-commerce chinesa Alibaba —, e também a maior transação realizada no Reino Unido desde o referendo que decidiu pela saída do país da União Europeia.